30.12.10

Réveillon em Trancoso: Jacaré do Brasil, Estrela d'Água e show da Bebel



Mesmo com o tempinho ruim que tem feito esses dias, eu não poderia estar mais feliz em Trancoso. As festas e noitadas pegaram embalo, tenho reencontrado amigos de tempos atrás, jantado super bem num restaurante de parilla literalmente ao lado de casa e... até aula de capoeira estou fazendo!




Amanhã já é a virada do ano, e nem tive dúvidas de onde quero passar a meia-noite: no Jacaré do Brasil Casas, o minihotelzinho no Quadrado que tem um gramado debruçado sobre o mar que vira point depois do pôr-do-sol.


Amanhã, na virada do ano, vai ter um jantar seguido de festa bem bacana, com ceia do restaurante Cacau.




De dia no Jacaré, o cenário é outro, bem mais tranquilo.... recomendo passar lá para tomar uma cervejinha e conhecer a loja superfofa da Stela Batochio, primeira-dama do lugar, que vende roupas soltinhas e stylish do Harvey Musin, francês radicado em Ibiza.



A lojinha em si foi bolada e decorada bem à brasileirinha pelo próprio Jacaré (o Fernando Droguetti) e, de dia, é ainda mais bela porque, por não ter parede de fundo, emoldura os azuis do céu e do mar:


O horário de funcionamento é uma coisa bem assim... Trancoso: das 5 da tarde à 1 da madrugada...



Mas voltando à virada do ano....

Resolvi que não quero de jeito nenhum estar em um lugar com muitas centenas de pessoas, e no Jacaré a coisa vai ser pequena, como eu gosto. Open bar, Gui Pimentel tocando. O contato pra reservar mesa é reservas@jacaredobrasil.com.br.




Por isso, não vou na megafestona do hotel Estrela d'Água, mesmo se o jantar vai ser preparado pela superequipe da chef Morena Leite, do Capim Santo (ela trouxe uns 60 funcionários de São Paulo, e ontem literalmente varou a noite cozinhando, acreditam?!)

Eu soube, muito tardiamente, que Bebel Gilberto vai fazer um show na festa de réveillon do Hotel da Praça. Pena, pelo visto vou perder - mas quem quiser ainda pode comprar convite ligando no telefone (73) 3668-2121 ou mandando email para reveillon@hoteldapraca.com.br. Que bom que pelo menos consegui vê-la cantando na casa da minha amiga e embaixatriz trancosense Joana Vieira: surreal assistir assim de pertinho, as músicas adquirem uma outra pegada, mais sentimental, mais verdadeira. E a moça tem carisma.... não é quem é à toa....

Bebel Gilberto dando canja com Pedro Baby e Bluebell na casa de Joana Vieira, em Trancoso

Ah, e não dá pra falar de réveillon em Trancoso sem mencionar o Taípe, claro. Aquela megafestaça na praia que tem jeito de rave, acaba com o sol já alto e causa congestionamentos na estradinha de terra que liga Trancoso e Arraial d'Ajuda. Já é uma tradição. Posso falar? Zero vontade de ir, embora seja uma loucura e as pessoas adorem. Como tenho dito a meus amigos.... incluam-me fora dessa! (Mas quem quiser ir pode comprar ingresso na "boîte" Para-Raio....)

E aproveitando, um SUPER 2011 pra cada um de vocês que passou por este Boa Vida em 2010: sem vocês, a viagem perderia toda a graça. Obrigada, sempre, e que o ano que vem traga mais e mais aventuras e boas comilanças pelo mundo afora, pra mim e pra vocês também!

p.s. e pra Roberta, que me deu a dica do sugo servido na pousada Etnia, queria só dizer grazie mille, eu fui, comi o sugo com um gnocchi fresquinho e quase lambi o prato! :)

ps2: momento gossip, eu na inauguração da loja JOUS da Joanna Fleury, no Quadrado, no site da RG. Abriu dia 28 e fica lá por dois anos. Roupas super fofas, vestidinhos floridos, tecidos lindos e misturados, garimpados pela estilista. E fotos dela na parede - não só o maridón Felipe Segall tira belas fotos, pelo visto...

27.12.10

Bebel Gilberto em Trancoso: pocket show na casa da Joana Vieira



Este é um audiopost..... tem que apertar play acima antes de ler...

E aliás a leitura vai ser curta, o assunto, rápido. Queria contar apenas que, em um mundo tão cheio de gente metida e self-important, conhecer alguém com fama e sucesso mas nem um pingo de esnobismo é um prazer. E assim é Bebel Gilberto: um encanto de pessoa.

Tenho tido a sorte de estar com ela, porque temos uma amiga em comum, a Joana Vieira. E aliás a Joana, megahostess trancosense que faz um pouco de tudo - tem loja, decora festas e casamentos, produz eventos, etc - vai dar, amanhã, uma festa de arromba na casa dela.

Bem no melhor pedacinho do Quadrado, à esquerda da igrejinha.

visa incrível do deck da casa da Joana Vieira


Ontem estava lá com amigos, batendo papo no deck com vista para o mar, quando, de mansinho, Bebel começou a cantar. Nem tirei fotos: seria pouco educado, eu achei. Há horas em que a mais workaholic das repórteres tem que saber guardar caderno e máquina na bolsa e simplesmente viver o momento.

Mais, não conto. Quem quiser, que veja fotos da noite no site da revista RG:

Pocket show da Bebel Gilberto no site da RG


Mas aos que estiverem em Trancoso, aviso: algo me diz que vai rolar repeteco do showzinho amanhã, na festa que a Joana vai dar. Vai ser super exclusiva, esquemão mesmo: lá dentro, tudo vai ser free, do uísque à champanhe. O convite custa 500 reais e pra comprar é só aparecer na casa da Joana no Quadrado (dica: tem uma joaninha na parede e fica à esquerda da igrejinha) ou mandar email para kta@kazajows.com.br

Pousada Uxua, em Trancoso, de Wilbert Das: luxo no Quadrado


Quando cheguei aqui em Trancoso, antes de me mudar de mala e cuia pra minha casinha alugada resolvi fazer um test-drive no tão falado UXUA, um hotelzinho miniatura, ou pousada de luxo, em pleno Quadrado. Escondido, discreto, bem caro, o cúmulo do luxo pé na areia, de bom gosto, perfeitamente inserido em seu contexto.

Sorte de Trancoso: toda praia brasileira só teria a ganhar se mais gringos de bom gosto fizessem pequenos hoteis de charme focados na preservação da cultura local. No caso do UXUA o gringo é o holandês Wilbert Das, ex- diretor criativo da Diesel

Trata-se de uma coleção de casas, ou casebres de pescador que Wilbert foi comprando, uma por uma, até reformá-las todas e transformá-las em hotel. Raramente um hóspede esbarra em outro: privacidade total, exceto na piscina ou no café-da-manhã. E, aliás, um senhor café da manhã!







Eu me hospedei em uma das maiores casas, a Gulab Mahal, que tem esse nome estranho porque ali um dia funcionou uma comunidade hippie, de um casal que tinha vivido no Nepal - e Wilbert quis manter o nome. 





Fica colada à cerâmica do Calazans, e as janelas dão para o Quadrado! A imensa sala e o igualmente imenso mezanino (com sofazão-lounge em forma de U) podem acolher 20 pessoas confortavelmente - fiquei imaginando que maravilha seria dar  um jantarzinho ali. 




Sim, porque a tal "casinha" tinha cozinha própria, mesa de jantar e dois quartos gigantes. Eu moraria ali fácil, fácil! :)


Da minha sala eu via o Quadrado, e ouvia o mar.... saquem só a vista:



Eu poderia escrever parágrafos e parágrafos contando o quando, como, porquê e quanto, mas…. tive um arroubo de inspiração e resolvi contar em vídeo o que eu vi. Em uma palavra? Show!






E mais Trancoso: matéria gigante sobre Trancoso na Travel + Leisure

26.12.10

Fábio Bandera abre expo de fotos de Trancoso, no Quadrado



Fábio Bandera, o Fabinho do Cantinho Doce, abriu expo de fotos esta semana aqui em Trancoso. O textinho acima explica tudo, estampado na parede da Casa das Festas, no Quadrado. Quem  escreveu? Vou dar duas dicas: o nome da autora dos rabiscos com giz da foto acima começa com A e termina com A... :)

Bem bacanas as fotos... o Jacaré, da pousada homônima, que eu saiba levou uma pra casa.... 

Fabinho mostra uma de suas fotos para Jacaré, na abertura da mostra

Fabinho (à esquerda) recebe convidados em sua expo de fotos da igrejinha
As fotos estarão em cartaz até o fim de janeiro na Casa das Festas, no Quadrado (perto do Portinha).

A diretora cultural da Casa de Festas - madrinha, na  verdade - é a Joana Vieira. Siiiiiiiimmmmmmm! A mesma Joana que dá as festas incríveis e que tem a casa mais amazing de Trancoso, pro meu gosto, lá mesmo no Quadrado. Foi ela a madrinha que  encorajou o Fabinho e fez a coisa sair do papel. 

Além de fotógrafo, Fabinho é cozinheiro de mão cheia e faz umas cocadas lendárias lá no restaurante dele, o Cantinho Doce. Essa aqui, morna e molinha, com gengibre confitado por cima, é matadora:



E mais Trancoso: videozinho das minhas fotos favoritas:


Natal em Trancoso: árvore nevada, boneco de neve, sol e suor


Que tal a cena? Sol de rachar, 40 graus de calor e, no mercadinho "chique" de Porto Seguro, onde fui comprar os ingredientes pra fazer a ceia, vejo a cena "Pólo Norte baiano", com direito a muita neve fake e até a coqueirinho de pano de fundo. Surreal.

21.12.10

Restaurante Nagayama da rua Consolação: buri, toro e barriga de salmão impecáveis




Meu pai vive fazendo piada quando eu chego em São Paulo, da gélida Montreal onde moro: “Deixe eu adivinhar, hoje à noite você vai….. comer sushi, claro”.

E o pior é que ele tem razão. A primeira coisa que eu faço ao desembarcar é ver a família. A segunda é sair pra comer um bom sushi, coisa que inexiste em Montreal.

Na sexta, jantei no Kinoshita, excelente como de costume. Mas não comi sushi, porque sempre prefiro entregar-me ao que o Murakami quiser preparar e nunca me arrependo.

Semana passada, fui ao Nagayama da rua Consolação e… Deus do céu que coisa que estava o sushi.

Aos que dizem que o Naga não é um japonês sério, eu respondo: ledo engano! Não é à toa que meu irmão e cunhada, sérios apreciadores de bons peixes crus, jantam lá toda sexta-feira!

Toro, não tinham, mas em compensação mandamos uma barriga de salmão es-pe-ta-cu-lar:



E ainda achei apetite para farta quantidade de buri (olho-de-boi), que quando está no auge é meu peixe favoritíssimo:






Nunca fui ao Japão, nem vou dar uma de grande expert. Mas o que eu como no Sushi Yasuda, no Blue Ribbon Sushi ou até no caríssimo Masa, todos em Nova York, simplesmente, não é tão bom. E custa o dobro.

“A nível de” sushi, estou com São Paulo e não abro!

Pronto, falei.

NagayamaRua Da Consolação, 3397 Jardins, tel. (11) 3064-0110

17.12.10

Melhor hambúrguer de Nova York: DBGB, Standard Grill ou JG Melon?



Não há dúvida que a brasserie do chef Daniel Boulud na Bowery, a DBGB, faz uns búrgueres impecáveis.

Hambúrguer do DBGB


O Standard Grill, no hotel The Standard, idem: talvez sejam, aliás, os melhores da cidade.

E outro dia eu comi um outro hambúrguer nota mil, de cordeiro, no gastropub The Breslin da chef April Bloomsfied (com roquefort e maionese de cominho).

Hambúrguer de cordeiro com maionese de cominho e fritas "thrice-cooked", do Breslin


Só que nessa minha última ida a Nova York eu fiquei no The Surrey, no Upper East Side, então por isso eu acabei voltando ao JG Melon, cujo cheeseburguer eu acho maravilhoso - em boa parte, por motivos sentimentais. Tradição de família: era o que eu comia com meu pai desde pequena, depois do cinema.

O JG é lugarzinho antigo, de bairro, lá no Upper East Side, e novaiorquino até o último arranhão do balcão do bar. Uma espécie de P.J.Clarke's só que sem turistas. :)





E adoro o fato deles remarem contra a maré. Se hoje em dia virou tabu comer hambúrguer mal-passado, lá eles perguntam que ponto você quer, e se quiser com a vaca ainda mugindo, tudo bem. E eu gosto do meu assim mesmo, BEM mal passado. Nham. Só de escrever já me dá água na boca.





Então, é isso: pra quem nunca foi, pra usar o clichê mais insuportável da imprensa brasileira, vale a dica.




JG Melon: Third Avenue esquina com rua 74. Tel. 212-744-058

15.12.10

Moacyr Luz e bar Pirajá: sábado de samba, chopp e alegria




Quem não gosta de samba.... bom sujeito não é! Pra mim, não poderia haver jeito melhor de chegar na minha querida São Paulo do que seguindo, de cara, pra uma tarde de samba e chopp no bar Pirajá.
E não era qualquer sambinha não.... O bar se gaba de ser espécie de esquina carioca em São Paulo e é mesmo. Estavam lá, neste sábado, o grande Moacyr Luz (nas fotos acima), o prodigioso Carlinhos Sete Cordas (adivinhem o que ele toca?) e um outro craque carioca, o Gabriel, no cavaquinho.





E mais uns paulistas também muito bons de samba....



Foi mais um capítulo do que o Pirajá chama de "Esquinas Cariocas", série de rodas de música em que já figuraram  Martinho da Vila, Monarco, Dona Ivone Lara, João Nogueira e Beth Carvalho, entre muitos outros.

Nesse domingo, o Moacyr Luz, padrinho do bar, tinha convidado três sambistas jovens que ele considera grandes talentos: Verônica Ferriani, Mariana Baltar e Ana Costa. Perdi boa parte da festa - só consegui chegar no final! - mas do pouco que vi, amei.


Fora que a sorte de quem chega tarde é pegar a sessão-larica do final... sem querer entrar pra "briga do cabrito de boêmio", posso dizer que tava mais-do-que-bom! Cabrito à passarinho dos sérios...



Este camarão à milanesa com Catupiry não era meu mas.... saquem só:



Isso sem falar naquele chopp do Pirajá, de espuma densa como uma musse, servido no copo perfeito, que vai chegando sem parar, sem que a gente tenha que pedir. Êêêê, delícia!



Fica aqui o meu obrigada, do fundo do peito, ao Edgard e aos outros meninos do Pirajá, pelo convite (mas que fique claro: nessa série musical vai quem quer, e não se cobra nada pelo "ingresso"!).
Lavou minha alma.




Bar Pirajá

Av. Brigadeiro Faria Lima, 64 – Pinheiros – (11) 3815-6881
Segunda a quarta, do 12h às 1h. quinta a sábado do 12h às 2h. Domingo, do 12h às 19h.
www.piraja.com.br/

14.12.10

Hypadíssimo Next Restaurant, do chef Grant Achatz: preview do menu

Peito de galinha com enrolado de patê de frango e
pepino em capa de bacon
Crédito: Next restaurant


Para mim, um dos chefs mais geniais das Américas é Grant Achatz, do Alinea. E já me cansei de explicar a importância dele: primeiro nisto, premiado naquilo, teve câncer na língua e milagrosamente curou-se, blablabla.

Crédito: Next Restaurant


O fato é que ele está pra abrir um restaurante que já anda super hypado, que vai se chamar Next, e que promete virar de ponta-cabeça nosso conceito de como um restaurante deve funcionar.

Ele vai vender entradas pela internet, como se um jantar no Next fosse um show da Lady Gaga!

Ou seja: não haverá contas a pagar depois do cafezinho, nem reservas de mesa. A pessoa chega lá de entrada em mãos, come e pronto: tudo está incluído no preço, desde os vinhos à gorjeta! E como acontece com entradas para um show, os preços podem variar conforme a data e o horário. Será que vai rolar comprar ingresso de cambista?

Outra ideia revolucionária: em vez de menu, Achatz irá servir pratos inspirados por épocas da história e cidades do mundo. Em dezembro podem servir pratos de Paris em 1912, enquanto em março tudo poderá ter mudado e a cozinha irá se inspirar na São Paulo de 1968.



O menu inaugural vai ser "Paris 1906" e, considerando o naipe do chef e tudo o que está em jogo, nem preciso dizer que ele está testando há meses as receitas que irão compor o menu. Como a Time é, afinal de contas, a Time, só mesmo a revista americana foi convidada a ver e provar os primeiros pratos, ainda em fase de aperfeiçoamento.




Mais especificamente, um tal de Joel Stein pegou um avião até Chicago e passou algumas horas vendo Achatz e equipe trabalhando, e depois comeu os resultados.


Resumindo, Stein conta que o menu baseia-se todo em receitas de Escoffier (muito vagas, segundo o repórter), interpretadas livremente sob o prisma da obcessão técnica e minuciosa de Achatz.

Stein saiu de lá rolando: achou tudo gostoso mas bem engordativo e pesado. Entre outras coisas, ele provou:

- Gougères recheados de molho Mornay e trufas
- Velouté de avelãs e trufas negras
- Peito de galinha com molho Albufera (manteiga, foie gras, trufa, caldo de frango) e enrolado de patê de frango e pepino em crosta de bacon
- Perna de galinha (com pé e tudo) com duxelle de cogumelos e fond de vitela e pommes purée (1.5 partes de manteiga para 1 de batatas!)
- Salade Saint-Sylvestre: círculos de alcachofra e celeriac com maionese de nozes, servidos com "moedinhas" de batata e de trufa negra.


Aqui, link para a matéria da Time na íntegra - escrita com bastante humor.

Os muito curiosos podem acompanhar os preparativos para a inauguração do Next pelo Facebook, neste link.

E um vídeo em que Achatz mostra o preparo do peito de galinha:






Next Restaurant - site oficial


E aqui, uma entrevista de rádio com o chef, em inglês, meio superficial mas.... informativa.

13.12.10

Chef David Chang conta como se dar bem na profissão, em vídeo




Post-relâmpago só pra dividir com vocês ótimo vídeo que assisti agora, feito pela editora Phaidon. Depoimento curto e muito franco do chef David Chang sobre como se dar bem como chef.

Mandou bem, o Chang. Concordo com tudo o que ele disse. As pessoas vivem querendo serem chefs porque agora é moda, e se esquecem de que trabalhar em cozinha profissional e se dar bem nisso requer disciplina e muito trabalho braçal. Dureza mesmo, só recomendável pra quem gosta de verdade de cozinhar. Sem paixão, ninguém aguenta o tranco....  ele próprio já não tem pique pra segurar um serviço no Momofuku Ko. Apesar de moleque, já se "aposentou"! E quem me contou isso foi ele mesmo. Disse que teve que parar de cozinhar porque começaram a surgir problemas de saúde e ele sentiu que o corpo não aguentava mais. Hoje, supervisiona o Momofuku Ko e os outros restaurantes, mas... não encosta a barriga no fogão!

E aqui, mais chef David Chang no Boa Vida.

Hotel The Surrey, em Nova York: o mais chic do Upper East Side




Pra mim, a foto acima diz muito: luxo discreto.

Nesta minha ida a Nova York (acabo de chegar de lá) eu testei e visitei vários hoteis, para uma matéria que estou escrevendo para a revista ALFA.

O primeiro foi o Gansevoort Park Avenue, onde dormi duas noites.

Em seguida, me mudei pra outro hotel meio novo, o The Surrey -- o segundo na lista dos que vou visitar/testar e depois contar na ALFA. Tchau Park Ave. South e Madison Park, hello Upper East Side.

Tchau hotel butique, hello décor inpirado na Art Déco. Dois mundos completamente diferentes!

O The Surrey não é propriamente novo, mas é como se fosse. Depois que reabriram esse hotel, que antes era um quatro estrelas meio cansadinho, ele está irreconhecível. Mil vezes melhor e mais bonito. Atrevo-me até a dizer que está dando um banho no vizinho famoso, o chiquérrimo The Carlyle. O Carlyle, que eu amo por motivos sentimentais e subjetivos, vai precisar arregaçar as manguinhas e fazer uma reforma pra acompanhar a concorrência (aqueles chuveiros-banheira, sem ducha separada, por exemplo, estão totalmente out, passados).

Juro: fui fazer um tour exteeeenso e saí do tour achando que o Surrey tá melhor que o Carlyle.
E tá melhor que outro vizinho caro e metido a besta, o The Mark, redecorado pelo festejado designer franncês Jacques Grange. E dá de mil a zero no The Pierre, outro velho clássico que recebeu facelift e que foi de-to-na-do pela crítica especializada.

Ou seja: pra resumir, o The Surrey, onde certa vez me hospedei com minha irmã pagando pouco e parecia um flatzinho nada especial, virou de repente o top do Upper East Side! Tem spa! Tem um lindo bar! Virou chiquérrimo! Quem diria…

Vamos ver se pelas fotos vocês concordam comigo. Eis alguns motivos para amar o The Surrey versão 2010/2011:

1 -- Paleta de cores (ou seriam não-cores?) chique e calmante: branco, preto, prata:






(com poltronas deliciosas em todos os quartos)

2- Ao invés daquelas garrafinhas bregas em geladeirinha brega, “minibar” sem nada de mini, mais pra “macrobar”.

Com garrafas tamanho adulto (e ainda oferecem de mandar um barman com rodelas de limão, tônica, o que for preciso)



3 -- Flores lindas e frescas por todo canto


4- Arte de primeira

(essa obra retangular no centro da foto me tirou o fôlego de tão linda, pena que não dá pra ver direito… parecia um feltro gigante recortado com navalha revelando uma outra camada, irridescente).





5 -- O Café Boulud fica anexo ao lobby

Então dá pra pegar o elevador pra jantar em um super restaurante ou, melhor ainda, pedir room service by Daniel Boulud!

6 -- Lindos toques retrô

Aqui e ali, detalhes com cara antiguinha como as pias dos banheiros e os espelhos envelhecidos, com aquelas pintinhas marrons que sugerem a passagem dos anos, e relógios de cabeceira deliciosamente antiquados.



 

7- Localização nota mil

No miolo do Upper East Side, a passos da galeria Gagosian e das deliciosas lojas da avenida Madison.

8 -- Chef concierge simpatissíssima

E além disso… brasileira! Chama-se Lorena Ringoot, consegue reserva até nos mais disputados restaurantes e esbanja simpatia (eu sei porque foi ela quem me mostrou o hotel….).

9 -- Bar Pleiades, outra beleza





E o décimo motivo na verdade é uma coleção de detalhes que fazem, a meu ver, o charme de um quarto de hotel…. Vejam:




Barato, não é. Mas é aquela velha história do anúncio da Mastercard: certas coisas não têm preço, concordam?


The Surrey Hotel: 20 East 76th Street, quase esquina com Madison, tel. (212) 288-3700
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