Pra mim, a foto acima diz muito: luxo discreto.

Nesta minha ida a Nova York (acabo de chegar de lá) eu testei e visitei vários hoteis, para uma matéria que estou escrevendo para a revista ALFA.

O primeiro foi o Gansevoort Park Avenue, onde dormi duas noites.

Em seguida, me mudei pra outro hotel meio novo, o The Surrey -- o segundo na lista dos que vou visitar/testar e depois contar na ALFA. Tchau Park Ave. South e Madison Park, hello Upper East Side.

Tchau hotel butique, hello décor inpirado na Art Déco. Dois mundos completamente diferentes!

O The Surrey não é propriamente novo, mas é como se fosse. Depois que reabriram esse hotel, que antes era um quatro estrelas meio cansadinho, ele está irreconhecível. Mil vezes melhor e mais bonito. Atrevo-me até a dizer que está dando um banho no vizinho famoso, o chiquérrimo The Carlyle. O Carlyle, que eu amo por motivos sentimentais e subjetivos, vai precisar arregaçar as manguinhas e fazer uma reforma pra acompanhar a concorrência (aqueles chuveiros-banheira, sem ducha separada, por exemplo, estão totalmente out, passados).

Juro: fui fazer um tour exteeeenso e saí do tour achando que o Surrey tá melhor que o Carlyle.
E tá melhor que outro vizinho caro e metido a besta, o The Mark, redecorado pelo festejado designer franncês Jacques Grange. E dá de mil a zero no The Pierre, outro velho clássico que recebeu facelift e que foi de-to-na-do pela crítica especializada.

Ou seja: pra resumir, o The Surrey, onde certa vez me hospedei com minha irmã pagando pouco e parecia um flatzinho nada especial, virou de repente o top do Upper East Side! Tem spa! Tem um lindo bar! Virou chiquérrimo! Quem diria…

Vamos ver se pelas fotos vocês concordam comigo. Eis alguns motivos para amar o The Surrey versão 2010/2011:

1 -- Paleta de cores (ou seriam não-cores?) chique e calmante: branco, preto, prata:






(com poltronas deliciosas em todos os quartos)

2- Ao invés daquelas garrafinhas bregas em geladeirinha brega, “minibar” sem nada de mini, mais pra “macrobar”.

Com garrafas tamanho adulto (e ainda oferecem de mandar um barman com rodelas de limão, tônica, o que for preciso)



3 -- Flores lindas e frescas por todo canto


4- Arte de primeira

(essa obra retangular no centro da foto me tirou o fôlego de tão linda, pena que não dá pra ver direito… parecia um feltro gigante recortado com navalha revelando uma outra camada, irridescente).





5 -- O Café Boulud fica anexo ao lobby

Então dá pra pegar o elevador pra jantar em um super restaurante ou, melhor ainda, pedir room service by Daniel Boulud!

6 -- Lindos toques retrô

Aqui e ali, detalhes com cara antiguinha como as pias dos banheiros e os espelhos envelhecidos, com aquelas pintinhas marrons que sugerem a passagem dos anos, e relógios de cabeceira deliciosamente antiquados.



 

7- Localização nota mil

No miolo do Upper East Side, a passos da galeria Gagosian e das deliciosas lojas da avenida Madison.

8 -- Chef concierge simpatissíssima

E além disso… brasileira! Chama-se Lorena Ringoot, consegue reserva até nos mais disputados restaurantes e esbanja simpatia (eu sei porque foi ela quem me mostrou o hotel….).

9 -- Bar Pleiades, outra beleza





E o décimo motivo na verdade é uma coleção de detalhes que fazem, a meu ver, o charme de um quarto de hotel…. Vejam:




Barato, não é. Mas é aquela velha história do anúncio da Mastercard: certas coisas não têm preço, concordam?


The Surrey Hotel: 20 East 76th Street, quase esquina com Madison, tel. (212) 288-3700