12.9.10

Cook it Raw na Lapônia: Stefano Bonili resume em poucas palavras


 
"Certo, quando ci si mette in strada e per chilometri non si vede una casa o una macchina si ha un po' di nostalgia del traffico di Roma.
Sembra una bestemmia ma non deve essere un caso se questo paese è in testa alle statistiche dei suicidi.
Troppa natura?"

- Stefano Bonilli, fundador do Gambero Rosso



Traduzindo:

É, quando se cai na estrada e por quilômetros não se vê uma casa nem um carro surge uma certa nostalgia do trânsito em Roma. 
Parece besteira mas não deve ser, se este país lidera as estatísticas de suicídio.
Natureza demais?


Trecho tirado do blog dele, linkado à esquerda. Bonilli foi meu "housemate" durante a expedição lapônica. Um gentleman.

Eu completaria dizendo que não, a natureza não é demais. O verdadeiro problema ali é inverno demais e luz de menos. Mas minha constatação não tem nem metade da graça da pergunta "troppa natura?"...

Outra pérola roubada do blog dele, o Papero Giallo, que a meu ver dispensa até tradução:

Cook_it_Raw_44.jpg
Aurora Borealis, por Stefano Bonilli



"Poi, l'ultima sera, c'è stata l'aurora boreale, un fenomeno che ti lascia a bocca aperta perché ne hai sentito parlare, ne hai letto ma quando sei lì, su un prato, 180 chilometri a nord del Circolo Polare Artico, ti senti un piccolo uomo davanti alla natura e vengono molti pensieri..."

Yam Tcha, da jovem chef Adeline Grattard, em Paris: hype total



Pouca gente notou, mas esteve no Brasil recentemente uma das estrelas da cena gastronômica atual: Adeline Grattard, chef-proprietária do Yam Tcha.

Em Paris, Alain Ducasse e Joël Robuchon sempre serão os grandes, mas quando se fala de gente nova, que está chegando para chacoalhar um pouco as tradições, não há nome mais em voga do que o da jovem Grattard. Gentil e modesta,  a jovem de olhos azuis e 32 anos surgiu em cena quando conquistou, para surpresa de muitos, sua primeira estrela Michelin. Poucos conheciam o restaurante dela, o pequenino Yam Tcha – e aquilo criou grande curiosidade nos meios gourmets.

Grattard fez carreira curta porém sólida. Deixou sua Bordeaux natal, foi estudar gastronomia em Paris e logo arrumou vaga no tri-estrelado L’Astrance, outro pequeno grande restaurante, de outro jovem chef, Pascal Barbot. Com ele, ela aprendeu tudo: foram três anos trabalhando juntos. Ela saiu porque queria viver em Hong Kong, de onde vem seu marido. Dois anos de China, volta a Paris, abertura do Yam Tcha e – zás-trás! – logo veio a estrela Michelin. No restaurante, de apenas 20 lugares, ela serve uma cozinha franco-chinesa. As carnes e os peixes são preparados à moda francesa, em peças maiores, enquanto os acompanhamentos têm forte pegada chinesa (muitos preparos no vapor, uso frequente de molho de feijão e de soja, etc).

Grattard foge dos holofotes e nem sequer fez um site para seu restaurante. Foi grande sorte, portanto, eu poder tê-la entrevistado duas semanas atrás, enquanto passava férias no interior da França. A entrevista, não posso revelar ainda, mas fica a dica: o Yam Tcha é uma pequena jóia no coração de Paris. Trata-se do tipo do lugar que requer fazer reserva com muita atecedência, mas que recompensa o esforço com menus-degustação não só deliciosos mas servidos em ambiente intimista, onde nota-se a mão da própria chef em tudo.

Grattard esteve recentemente em Minas Gerais a convite do Festival Internacional de Cultura e Gastronomia de Tiradentes, onde fez uma apresentação e serviu um menu degustação na pousada Pequena Tiradentes.

Também participaram do festival Margot Janse, chef executiva do Le Quartier Français (Franschhoek, África do Sul), que ocupa o 31º lugar no ranking dos 50 Melhores Restaurantes do Mundo), e Angela Hartnett, fiel escudeira de Gordon Ramsay e chef do Murano e do York & Albany (Londres).

Yam Tcha: 4, rue Sauval, tel. (33-1) 40.26.08.07 (não tem website!)
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