Fiz o post dizendo estar curiosíssima e, na mesma noite, fui jantar lá. Fiquei meio encucada com algumas coisas. Falhas. Mas pensei: "isto aqui acabou de abrir, tenho que ser menos dura, e dar uma segunda chance". Pois voltei lá logo no dia seguinte, para almoçar. A seguir, algumas de minhas impressões deste comecinho.
Primeiro: gostei de ver que, ao contrário do Jun, o Jura faz sashimis. Pedi alguns de entrada e estavam ok. Boa a vieira do Canadá - febre em restaurantes finos de São Paulo - mas salmão, por exemplo, nota 7.
Em seguida, pedimos alguns sushis que, em aparência e modo de serem servidos, lembravam muito os do Jun. Exemplo: lula com sal negro do Havaí, muito boa, aquela textura agradavelmente rija e sedosa ao mesmo tempo.
Como no Jun, serve-se Wasabi verdadeiro, fresco. Pede-se que não se coloque o wasabi no shoyu. Muitos dos sushis já vêm pincelados de shoyu pelo próprio Jura, que, aliás, é uma simpatia.
Vieram outros na sequência, e, sem me prender a muitos detalhes, eu diria que os peixes estavam apenas satisfatórios, bonzinhos - inclusive o toro. Não sei bem porque, já que o Jura entende muito de peixe e me contou que vai pessoalmente inspecionar e comprar o produto no Ceasa. Mistério.
E o arroz.... quente demais. Ligeiramente morninho, ok. Mas eu diria que naquela noite o sushi estava uns 5 graus acima do morninho, e menos solto do que deveria. Esse tipo de detalhe é o que pega em restaurantes japoneses: o mais difícil é acertar o que parece simples. E o arroz é primordial. Trata-se do falso simples, exige maestria do sushiman.
Percebi que tinham me reconhecido quando o chef de cozinha veio trazer, de cortesia, um belo tartare de toro com azeite de ervas. Uma coisa de bom! As ervas tinham sido infusas no azeite, depois descartadas, o que ajudou a não "falarem mais alto" do que o próprio atum. Delícia!
Falando do décor, achei o espaço meio parecido com o do Jun - balcão em destaque, salão retangular. As cadeiras do balcão, de alto design, são bacanas mas super desconfortáveis e geladas... Almofadas ajudariam muito.
O espaço no térreo é menor mas em compensação há um segundo andar com mais mesas, muito bem ajeitado.
E o banheiro tem uma pia ultramoderna com uma tevê no fundo, tinha que mostrar:
No dia seguinte, voltei para provar o almoço executivo. Eles têm cinco opções: sushi e sashimi só de salmão (74 reais), sushi e sashimi mixto (78 reais), sashimi misto (76 reais), sushi misto (72 reais) e aquele que me pareceu mais interessante, o "almoço executivo com 5 pequenos pratos sugeridos pelo chef e uma sobremesa", a 68 reais. Escolhi esse último.
O que veio? Ótimo couvert de sunomono de lulas e pepino....
Hossomaki com molho adocicado; depois, um excelente atum selado na chapa com crosta de gergelim, bem temperadinho e mal-passado por dentro.... De sobremesa, figos com sorvete um tanto doce demais.
Mas, indo logo ao que interessa, o almoço incluía também uns sushis. Estavam bons - definitivamente melhores do que os da noite anterior, principalmente porque o arroz mantinha-se alguns graus de temperatura a menos. Estranhamente, o salmão, em especial, mais uma vez me desapontou. Eu almoçava com um amigo, que ao terminar seus sushis, sentenciou: "bom, mas nada demais".
Triste ter que dizê-lo, mas concordei com ele...
Aya Japanese Cuisine
Rua Pedroso de Morais, 141 (quase na Rebouças, à esquerda)
50 lugares
Tel: (11) 2373.6431
Almoço das 12:00 às 14:30 (segunda a sábado)
Jantar das 19:00 às 23:30 (segunda a sábado)
Estacionamento com manobrista/segurança
Cartão débito/crédito Visa e Mastercard e cheque
www.restauranteaya.com.br
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