1.4.12

Chefs Quique Dacosta, Ricard Camarena, Davide Scabin, Enrico Crippa: os pratos mais lindos


Caracol, Quique Dacosta, Denia (ao sul de Valência) – um dos muitos amuse bouches
(e não é que tinha ovas dentro?)

Ando lembrando de minha última ida à Espanha e à Itália, tentando decidir para onde ir nesse próximo verão europeu. Confesso que venho sonhando com um apêzinho em Barcelona...

Da última vez, passei 5 Piemonte seguidos de 4 no Alicante - e um absurdamente curto pit stop de UMA noite em Barcelona!

O Piemonte, naquele outono frio, já vestindo os tons desbotados de marrom e bege, perfumado pelas trufas brancas que estavam chegando ao seu auge. O segundo, um alegre e ensolarado mergulho no Mediterrâneo e na fartura dos campos de laranjeiras e oliveiras e figueiras do Alicante.

Os pratos mais belos eram também, em muitos casos, os mais gostosos – o que nem sempre é o caso…  O ovo do Quique… A horta embrionária do chef Enrico Crippa do Piazza Duomo (perturbadora de tão bem-sacada e deliciosa)… E o tomate com anchova que quase me levou às lágrimas, do Arrop, em especial, ficarão estampados na memória para todo o sempre.
Não acredito que meses depois o restaurante fechou, vítima da crise financeira na Espanha - grande pena!

Eu queria mostrar esses pratos que mais me tiraram o fôlego, para vocês sentirem o nível da “brincadeira”. Chose de lóc!


Chips de figos desidratados sobre folha de figueira, Quique Dacosta, Denia 




“O que veio primeiro, o Ovo ou a Galinha?”, Quique Dacosta, Denia

(o de cima, comestível, é um trompe l’oeil e tem interior líquido
com gosto de caldo de galinha; os de baixo
são verdadeiros, enfeites colocados ali para confundir o olhar)




Sopa de outono com velouté do azeite de seu escabeche,
do chef Ricard Camarena (de Valência)



Anchova do Cantábrico, creme de rúcula, tomate “de penjar”
– um dos melhores tomates que já provei na vida,
cultivado próximo ao mar, ali mesmo
naquela bela região. Prato do chef Ricard Camarena (de Valência)



Abóbora, iogurte e fios crocantes de gengibre,

do chef Ricard Camarena (de Valência)





Verduras imaturas da horta (do chef) com trufas
e bagna cauda (o típico “dip” piemontês,
mas em versão mil vezes mais delicada),
Piazza Duomo (em Alba)
Foto: Bob Noto




“Pimentão” recheado, Piazza Duomo (em Alba)
Foto: Bob Noto




Bacalhau seco,
gauffre de parmesão,
no Piazza Duomo, em Alba
Foto: Bob Noto



O nome oficial do prato, um clássico do chef Davide Scabin,
é “Black is black (…when spaghetti take shape)”
Uma larga “fita” de espaguetes negros que se
desmancha na boca, no Combal.Zero, perto de Torino
Foto: Bob Noto
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