2.1.11

Meus amigos espanhóis em Trancoso: jantar na Jacaré do Brasil


Estou feliz, feliz, feliz de poder mostrar a queridos amigos um pouco da Trancoso que eu amo: está  aqui para o Ano Novo a família Arratibel, de San Sebastian, no País Basco. Achei para eles uma casinha no Quadrado: tem coisa melhor? Juanjo e Marilis, que vieram com as duas filhas, são do meu time: amam comer bem. 

Têm interesse quase ilimitado por provar coisas - desde que sejam muito boas. Então por isso tem sido um imenso prazer levá-los de lá pra cá para experimentar as coisas de que mais gosto aqui em Trancoso (em especial, as pizzas do Maritaca, e comes e bebes de rua, como as excelentes caipirinhas da barraca do Diney, na entrada do Quadrado, e o queijo coalho da praia ). 

Não deram sorte com o tempo: chegaram meia hora antes do dilúvio do dia 30, e fomos andando pelo Quadrado com água correndo pelas trilhas como riachos, um horror.  
 

O que salvou foi o réveillon, divertidíssimo. Primeiro, ceia no Capim Santo, preparada pela Sandra Marques, a mãe da chef Morena Leite (onde vocês acham que a menina pegou gosto pela cozinha?). Imbatível, o vibe: não mais do que 50 pessoas, velas, flores e balões brancos, tudo super gostoso.



De lá seguimos para a festona na pousada Jacaré do Brasil, ali mesmo no Quadrado. Glam, muito glam. E dá-lhe gente conhecida de São Paulo, era um tal de olá querida que eu mal podia dar atenção aos meus convidados! :)

Mas quando faltava pouco para a meia-noite, nos mandamos para os fundos da igrejinha São João Batista, no alto da falésia, pra ver de camarote os fogos. Que coisa linda, aquele céu explodindo em cores e fitas, e o povo todo celebrando junto. Comovente, até. 






Ainda achamos pique para ir dar um beijo na embaixatriz-mór de Trancoso, Joana Vieira, logo ao lado, que estava recebendo poucos amigos na laje de sua simpática casinha debruçada sobre o mar. 



Mágico.



Mais tarde, Joana reuniu a cambada e foram em comboio à festa do Taípe, toda decorada por ela, aliás. Eu dei meus boas-noites e PUF! - encerrei a noite e sumi.

Deus é grande e trouxe ótimas vibes no ano novo: o dia 1o nasceu lindo e ensolarado!



Fomos ao mercadão de Trancoso - que rola aos sábados e não é frequentado por quase nenhum forasteiro - e compramos mantimentos para a noite, quando resolvemos preparar um jantarzinho na "casa" de outros vizinhos de Quadrado, Fernando Droguetti e Stela Batochio, a Jacaré do Brasil. 

crédito: Paulo Freitas para Glamurama


De aperitivo Juanjo serviu lomo e jamón do Joselito, o Rolls-Royce dos pata-negras, trazido na mala. Marilis preparou sua famosa tortilla de patatas, quase cremosa, incomparável.




Convidei o chef argentino Lisandro Ciarlotti (que tem um restaurante de carnes na parilla em Trancoso) para armar a parilla dele na cabaninha dos fundos da pousada, e lá grelhamos um baita olho-de-boi de quase cinco quilos, só no sal marinho. 




Para acompanhar, fiz uma farofa com farinha fresquinha e feijão de corda, ambos do Mercadão, bem tostada na manteiga baiana, em fogo brando e panelão de ferro. E pimentinha da boa "roubada" da casa de Stela e Fernando....

Marilis Galardi destrinchando o olho-de-boi...


Fechamos o trabalho com cubinhos tostados de bolo de fubá cobertos de picolé Diletto de coco que eu piquei na faca com ajuda da super Jandira, e folhinhas de hortelã. 

E, naquela noite estrelada, entre uma cervejinha e outra, a conversa foi longe: vermelhos, guaiamuns, tracajás, farinhas, picanhas e jamones. Gente de quatro países, muitas origens, juntos ali por um elo comum: o bem comer.




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