10.9.10

Cook it Raw: meu álbum de fotos caiu no YouTube!



Já faz dias que voltei da Lapônia mas aquilo não me sai da cabeça, quase como uma treva estranhamente convidativa. Mergulhei nas fotos, revivendo lances ao rever minhas próprias imagens. Será que sonhei aquilo tudo?

Mais Cook it Raw: Bob Noto, um mito


Não sou a Santa Teresa de Bernini. Não se trata de êxtase, mas sim de um momento de reflexão (um tanto dramatizado, admito) sobre morte e vida, em um banquete repleto de sangue.

Mas o que vale é o olhar. Genial, não? Pois deixem apresentar a vocês outro grandíssimo conhecedor da vida, da mesa, da fotografia: Bob Noto.

Explicar em detalhes seria desmistificar. E não convém desmistificar um mito. Que as imagens dele falem por si sós. Fantástico slideshow postado no L'Espresso italiano, aqui o link.

Restaurantes Chez Dominique e Savoy, em Helsinki: o clássico ganha do moderno



Fui à Finlândia só mesmo por causa do Cook it Raw - até fica meio feio confessar. Praticamente não vi Helsinki além de flashes avistados da janela do táxi, e uma curta caminhada na manhã seguinte à chegada, para ver o mercado.



Não vi. Mas comi, claro.

Na primeira noite, jantei no Chez Dominique, que apesar do nome é um restaurante ultramoderno tocado por um chef que de francês não tem nada: Hans Välimäki.





Os pratos de meu menu degustação, de uma forma geral, eram mais bonitos do que gostosos, para minha surpresa. Dos vários amuse bouches, o mais bobinho era o fish and chips: um bolinho de bacalhau com um mísero palitinho de batata frita. Um amuse bem-resolvido era este abaixo: uma torradinha ondulosa com pó de vinagre.




O problema, acho, é quando se servem coisinhas minúsculas que sequer enchem a boca, e que por isso passam desapercebidas. Much ado about nothing, sabem? Este aqui abaixo era do tamanho de uma uva e no entanto continha inúmeros elementos. Cansativo....




O serviço era cheio de mesuras, irritante, até. As apresentações dos pratos, belíssimas - muitas vezes, servia-se a comida sobre pedras ao invés de porcelana. Pena que o sabor não correspondesse a tanto esforço. 

O Chez Dominique ocupa a 23a posição no ranking World's 50 Best Restaurants (hãn?!) Aposto que vai descer alguns pontos no ano que vem...

Dos highlights, o que mais me marcou foi a sobremesa belíssima que misturava elementos amarelos (feitos com um berry local da mesma cor) e negros (em forma de uma pincelada e mini suspirozinhos de licorice).


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No dia seguinte, almocei no Savoy, um lugar muito chique e tradicional na cobertura de um prédio.



Este, sim, me pareceu excelente, embora alguns pratos – como a beterraba com queijo de cabra e mel produzido ali mesmo – fossem totalmente déja vus.



Melhor era o arenque da Noruega com cubinhos de batata frita e de crouton de pão preto.


 Perfeitamente casado com uma cerveja da casa, orgânica, servida em lindo copo de design finlandês:



O ponto alto do almoço de cinco serviços foi o peixe (perch) servido com alho-poró, floretes de brócolis e couve-flor, uma brunoise microscópica de cenoura e um molho espumoso que lembrava uma beurre blanc, porém mais adocicado. Quase doce demais, aliás.




Além da ótima comida, outro ponto a favor do classudo Savoy é seu terraço coberto (verrière) cujas mesas, todas, têm belíssima vista para uma bela praça, torres e, mais ao fundo, uma nesga de mar.

Chez Dominique: Rikhardinkatu 4, tel. +358 (0) 9 612-7393, www.chezdominique.fi/home_cd2
Savoy: Etelaesplanadi 14, tel. +358 (0) 9 684-4020, www.royalravintolat.com
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