1.2.11

Chef Jefferson Rueda é expulso do restaurante Pomodori: bas-fond entre sócios!

Chef Jeferson Rueda, há poucos dias, no restaurante Pomodori, exibindo um lindo calendário
com receitas de chefs, aberto na sua página

As bruxas andam soltas... Tenho vivido coincidências inacreditáveis. Uns dias atrás, almocei (muito bem) no Pomodori, restaurante ítalo-caipira no Itaim, com um velho amigo, o Marco Antônio. Falamos de nossos assuntos favoritos: comidas, viagens, jornalismo e amigos (entre eles, o Pedro Martinelli, grande fotógrafo e comilão).

No final, conheci o chef, o Jefferson Rueda (ele me reconheceu e veio se apresentar). Um amor, gentilíssimo, risonho, forte sotaque caipira, entusiasmo evidente ao falar de seu trabalho. Pediu que voltássemos em breve, para comer uma barriga de porco, quiçá também um crudo, e Marco e eu logo pensamos em convidar o Pedrão.

Não deu tempo....

Hoje à noite, precisei ligar lá para fazer um convite ao chef. Tinha perdido o cartão que ele me deu no outro dia.

- Posso falar com o chef Jeferson, por favor?
- Ele não está.
- Mas teria como anotar meu nome e telefone e dar o recado?


Silêncio estranho. Cochichos. O homem volta ao telefone:
 
- Não sabemos o celular dele, e o Jefferson não trabalha mais aqui.
 
Choque!
 
Ao anunciar a notícia no Twitter, logo me avisaram que o porquê da partida repentina já estava todinho contado no blog do Carlos Alberto Dória, que almoçou lá esta semana adivinhem com quem.... o mesmo Pedro Martinelli de quem falávamos, naquele mesmo salão, dias antes.
 
O relato é triste, tristíssimo. Mas, confesso, divertido também. Uma tragicomédia bem paulistana:


"E Jeferson, pedindo desculpas, foi até a salinha de espera do Pomodori escutar a sócia. Palavras às vezes em tom mais alto do que o cortes. Frases-chavão (“sou casada em comunhão de bens”, “gente que nunca trabalhou”) se alternavam. A sócia, sua mãe, Jeferson e Dna Onça – agora uma perfeita uiaretê.


E, como anfitrião e amigo, Jeferson sentiu-se na obrigação de nos inteirar do que se passava. Pôs em minha mão aquele maldito papel que o homem-barrica, cheio de leis, não conseguira entrega-lo.
Era um comunicado dos Restaurantes Tompson Ltda (sim, Marina Tompson era o nome da sócia agoniada) dizendo que o juiz da 33ª Vara Civil havia proibido Jeferson de entrar no restaurante Pomodori e de que seu salário (não digo quanto!), a partir de então, seria depositado em juízo.


Dna Onça, uma arara, tirava os quadros da parede, vociferava. Mas o advogado do casal, prudentemente, chamou-os ao escritório.


Quando Jeferson e Dna Onça, rosnando, puseram o pé fora do Pomodori, me dei conta do que havia acontecido. Eu e Pedro Martinelli havíamos presenciado, involuntariamente, a implosão de um restaurante."



O texto é de fazer cair o queixo, cliquem aqui para ler na íntegra.

Chef José Avillez explica sua saída do restaurante Tavares, em Lisboa


O chef José Avillez me mandou por email semana passada a carta muito diplomática que segue, que, nem preciso dizer, explica muito pouco. Nas entrelinhas, leia-se que os sócios se desentenderam e se recusaram a vender a ele o Tavares. Ele queria o controle do restaurante, por discordar dos sócios em várias questões. Depois de muito insistir, cansou-se e partiu para outra... Para quem não tiver acompanhado essa história, aqui o link que explica tudo.




Lisboa, Janeiro de 2011



Aos Meios de Comunicação,


Venho anunciar que, a partir de hoje, deixo o lugar de chef Executivo do restaurante Tavares. Ao longo dos últimos três anos, desempenhei esta função com absoluta dedicação e com o apoio de uma equipa extraordinária, à qual presto a minha homenagem e deixo o meu agradecimento público. Juntos procurámos oferecer sempre o melhor com o objectivo de devolver o restaurante Tavares ao lugar que a sua história e prestígio merecem. No entanto, face a divergências insanáveis com a administração do restaurante, tomei a decisão de deixar o Tavares. Apesar da minha saída, desejo, sinceramente, que o restaurante reencontre rapidamente o seu caminho.

Estou profundamente agradecido a todos os Meios de Comunicação pelo apoio fundamental que me têm dado ao longo dos anos. O vosso reconhecimento é sempre fonte de motivação e motivo de grande orgulho.


De seguida, vou continuar a dedicar-me ao José Avillez Catering, à José Avillez Consultoria, ao take-away JA em casa, aos livros e, muito em breve, a novos projectos.

Uma vez mais, agradeço reconhecido o apoio dado e o interesse no meu trabalho.

Um abraço,
 
José Avillez
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