16.7.10

Novo museu MIS em Copacabana, com design dos arquitetos hype Diller Scofidio + Renfro



Ah.... Copacabana. The lady and the tramp: a bela com um pezinho no submundo. Onde putas passeiam a poucos metros da entrada do vetusto Copacabana Palace....



E que força tem o Copa, firme e forte apesar das crises, dos anos de abandono que vieram antes da compra pelo grupo Orient-Express.... O novo Bar do Copa injetou ânimo e glamour, mas o fato é que o Copa está, hoje em dia, na praia errada...






Vejam que queima-filme a descrição publicada recentemente no Financial Times: Seu calçadão é... " the kind of place where female prostitutes, who represent most of the visible clientele, know the waiters by name, and vice-versa.
Nearby looms Copacabana’s defunct Meridien hotel, an unlovely concrete tower, which, as a measure of things, recently came close to being transformed into the world’s first skyscraper bordello. Across the street is La Cicciolina, a nightclub named after the Hungarian-born former porn star Ilona Staller.
It is a sleazy part of town (...), although sometimes the odd tourist couple can be seen there, seated haplessly among the prostitutes and the dissolute regulars, earnestly examining their menus and looking a little scared. Like most cities, Rio is all about knowing where to go and where not to go.
Copacabana faded from fashion not long after Barry Manilow consecrated it with that tacky 1978 disco hit showtune “Copa-Caah-baaana”.

Bom, se o La Cicciolina continua firme e forte, a Help, a boatona horrível que poluía o visual da orla, foi demolida para dar lugar ao futuro Museu da Imagem e do Som.

E os arquitetos são ninguém menos que o trio da firma super hype Diller Scofidio + Renfro. Os mesmos que fizeram o Parque Highline, em Nova York.

Amei a ideia de fazer as rampas servirem de fachada além de acesso aos andares....








André Balazs abre o Le Bain, na cobertura do hotel The Standard: rooftop mais quente de Nova York




Quando o bonitón André Balazs inaugurou o bar Boom Boom Room (nas fotos acima), no que parecia ser a cobertura de seu hotel The Standard, no Meatpacking, aquilo ali ferveu loucamente.



Na época, a revista New York disse: “Estavam lá Madonna, Lindsay Lohan, Jude Law, Steven Klein, Rachel Zoe e Simon Hammerstein. (Mais: Kim Gordon e Chloë Sevigny. E: Mary Kate Olsen. Jerry Seinfeld, Calvin Klein, Francesco Clemente, Ingrid Sischy, Aerin Lauder, Vivi Nevo, Tory Burch, e Kirsten Dunst.) O homem que tirava foto de todos, Patrick McMullan disse ao (convidado do convidado) que não via uma inauguração daquelas desde o Studio 54”.

Eu estive lá há alguns meses e a-do-rei! O bar, ultra chic, tem um quê de viagem ao passado. Difícil descrever um espaço tão incrível: cidade a seus pés, magnífico décor setentinha com muita madeira caramelo e estofados de couro bege e uma vibe indescritível. No fim do dia, qualquer um entra, mas a partir das dez eles travam o elevador de acesso e montam um esquema absolutamente impenetrável, deixando passsar só a crème de la crème. 




Além do carisma e dos amigos A-list do dono, o lugar tem a seu favor uma vista 300 graus simplesmente espetacular: imensas paredes de vidro dão a sensação de se estar levitando sobre Manhattan, as luzinhas piscando lá embaixo. Chega a tirar o fôlego.

Só que Balazs guardou o melhor para o final: acima do Boom Boom Room há um rooftop parcialmente ao ar-livre, que até agora tinha ficado escondido do público. Com a mesma vista incrível do Boom Boom Room, ao invés de sofás e carpete, tem piscina e jacuzzi.




E ele acaba de inaugurar o tal rooftop, agora batizado de Le Bain, com festa de arromba. Saiu no The New York Times o seguinte:
“O Boom Boom Room já era considerado a velvet rope (cordinha de veludo) mais impossível de ser atravessada antes mesmo de abrir seu anexo ao ar-livre. O novo espaço, chamado Le Bain, faz jus ao hype. Quando abriu na semana passada, com festa coordenada pelos dois Andrés – o André Balazs, big boss dos hotéis Standard, e André Saraiva, o rei dos clubs de Paris – convidados entraram por um elevador de serviço que abria de frente para um bar de piscina bem clorinado enfeitado por duas mulheres de topless se pegando debaixo d’água, depois passaram por uma vending machine que vendia maiôs (US$ 75 por shorts de surfista?) e finalmente iam parar em um oásis de grama falsa verdejante, colchões d’água cor-de-rosa e uma vista impressionante.”

Já virou o top da minha lista do tem-que-ver...


Rua Washington, 848, tel. (212) 645-4646, www.standardhotels.com/new-york-city/


Há coisas incríveis acontecendo no Rio…. ah, o que não faz uma Copa do Mundo.... milhões e milhões de dólares estão sendo injetados na economia e projetos novos não param de surgir!

Tanto a seleção brasileira como a  Rainha Elizabeth  já dormiram em um hotel chamado Paineiras, que fica em pleno Parque Nacional da Tijuca, acreditam? E esse hotel, abandonado há anos e em ruínas, vai ser resgatado e transformado em super atração turística!
 
Diz a blogueira Vanesa Lopez que o hotel “foi inaugurado, junto com o trecho Cosme Velho-Paineiras da Estrada de Ferro do Corcovado, no dia 9 de outubro de 1884. Ele pretendia oferecer aos hóspedes “todo o conforto e as vantagens que se encontram nos bons hotéis da Suiça e dos Estados Unidos”. Nesse dia, o imperador Pedro II e demais convidados foram recepcionados no hotel-restaurante com um farto lanche fornecido pela Casa Paschoal, então estabelecida na “chic” Rua do Ouvidor.
O trecho final, entre as Paineiras e o Corcovado, foi inaugurado no dia 30 de junho de 1885. Um jantar no hotel comemorou a conclusão da Estrada de Ferro do Corcovado.

O prédio original tinha dois pavimentos, dispondo de 10 quartos no pavimento inferior e 11 no superior, situados em ambos os lados de um corredor longitudinal projetado no centro do imóvel. No início, o Hotel das Paineiras apresentou um pequeno lucro, porém a partir de 1892 o movimento dos hóspedes começou a diminuir. A construção do hotel original não existe mais, foi demolida no início da década de 1970 para ampliação do estacionamento.”

Olhem que tristeza o estado do Paineiras hoje:


Crédito: reprodução


Soube ao ler reportagem em O Globo que “Depois de 25 anos de janelas fechadas, paredes rachadas, buracos e limo, o antigo Hotel das Paineiras deixará de ser um elefante branco”.

O Hotel Paineiras deverá ser reaberto em 2011 ou 2012 como um complexo reunindo museu, restaurante, hotel e estação de bondinho. Faz parte de um ambicioso “Programa de Revitalização do Complexo Turístico e Ambiental do Corcovado e seu Entorno”…



IAB-RJ (Instituto de Arquitetos do Brasil – Rio de Janeiro) organizou um concurso público nacional para a revitalização do hotel e entorno, em parceria com o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade). Foram 148 projetos inscritos, vindos de toda parte.



Em primeiro lugar, ficou o escritório paulista Estudio America (com o arquiteto Guilherme Lemke Motta na liderância da equipe), que assina as imagens computadorizadas acima.



O projeto de Motta prevê a demolição de todo o interior do velho Paineiras, mantendo apenas a fachada original. A ele serão acrescentados:

- centro de pesquisa
- a sede do Instituto Chico Mendes
- restaurante panorâmico
- lojas
- estação de bondinho
- centro de visitação
- museu a céu aberto
- Centro de Convenções
- auditório
- hotel com 40 quartos (parte de uma rocha que já está no terreno servirá de pano de fundo para a recepção)



Para tirar o projeto do papel e fazê-lo realidade serão precisos R$ 14 milhões.
 
Alguns meses atrás, o ministro do Meio Ambiente Carlos Minc lançou edital de concessão, dando 3 meses para os interessados fazerem suas propostas. Em breve deverão anunciar o vencedor.

Cliquem aqui pra ver um slideshow incrível com as imagens do projeto do Complexo das Paineiras em tamanho king size.

Barchef, em Toronto: bar especializado em mixologia molecular




Já ouviram falar do que se chama aqui na América do Norte de market-fresh mixology?

É quando o barman incorpora aos drinques ingredientes geralmente ligados à cozinha. Vale tudo: caldo de carne, purê de frutas, sais aromatizados, ostra, salsão, pepino, manjericão, ovo, chá, etc.

Em São Paulo, quem segue bem essa onda é o  Sub Astor, que faz um martini, por exemplo, que leva purê de melancia e gengibre – sendo que a melancia o mixologista busca na frutaria ali perto quase diariamente.

No Black Hoof, um restozinho hype em Toronto, a mixologista Jen Agg faz um drinque chamado Basil Fawlty que leva gim, manjericão, suco de limão e flor de laranjeira.


O mais curioso, pra mim, foi notar que os mesmos mixologistas que acordam cedo pra ir à feira e fazem seus purês de frutas na hora, no pilão, e que gostam de brincar com ervas e sementes e pimentas em seus coquetéis estão também explorando, cada vez mais, os limites da coquetelaria. Brincando com texturas. Fazendo gelatina com vódca, botando gergelim na borda do copo, pulverizando frutas e pimentas. Estão, em suma, botando um pezinho na mixologia molecular – que, basicamente, aplica várias das técnicas desenvolvidas pelo chef Ferran Adrià e sua patota à coquetelaria. Inclusive as tão controvertidas espumas.

Vejam que bacana carta de drinques do Barchef – cujo terceiro capítulo chama-se, justamente, molecular. O Barchef fica em Toronto, e, não por coincidência, pertence ao maior fera da mixologia molecular no Canadá, Frankie Solarik.





Bar Chef: Rua Queen West, 472, tel. 416-868-4800
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...