19.7.10

Galeries Lafayette em Paris: novo departamento-mega de sapatos e restô no rooftop

 Fotos: Beto Riginik

Desde que o mundo é mundo, Paris tem as melhores maisons de moda e algumas das mais belas lojas do mundo – Marie Antoinette que o diga! Há décadas, as bem-vestidas que querem atualizar o closet com a última bolsa Chanel ou Dior vão às boutiques da aristocrática avenue Montaigne, por exemplo. Mas para aquele dia de fashionismo explícito. Quando se quer ver e experimentar tudo o que é moda lá fora, não há loja de rua que ganhe das Galeries Lafayette.

 Fotos: Beto Riginik

E neste mês tem novidade boa: acaba de abrir o La Terrasse, um restaurante ao ar-livre, na cobertura!


Abre de segunda a sábado das 12h às 18h, até o fim do verão. A chef é japonesa (Fumiko Kono, ex-Fauchon e Alain Passsard) – e criou menu bem leve, com várias saladas, camarões gigantes com legumes ao vapor e mini-almôndegas de vitela. As sobremesas são de ninguém menos que Pierre Hermé, o super pâtissier. Sim, os famosos macarrons dele estão no menu: como sobremesa, servem um mix de cinco sabores, incluindo chocolate com maracujá e óleo de oliva com baunilha.

Mas voltando a falar de compras: tem Chanel e Dior nas Galeries Lafayette, claro, mas seria mais fácil tentar descobrir alguma grife bacana que não esteja presente na maior loja de departamentos do mundo. A Lafayette é, simplesmente, a segunda atração parisiense mais visitada depois do Louvre! É caso para ir preparada, de bolsa bem grande e sapatos baixos.

Por falar em sapatos, o dernier cri é seu imenso espaço inteirinho dedicado a eles, recentemente inaugurado no primeiro andar, com décor do celeb-designer Patrick Jouin. Duvidamos que exista algum scarpin digno de nota que não esteja lindamente exposto em suas prateleiras. São nada menos que 12 mil modelos, de 150 marcas diferentes, inclusive inúmeras vendidas ali com exclusividade, como Walter Steiger, Bally, Annabel Winship, Michel Perry, Giuseppe Zanotti, Fratelli Rossettii e Paul Smith. Neste inverno, o que mais se vendeu ali foram botas, desde as emborrachadas às sensualíssimas cuissardes.




É sapato para deixar zonza até a mais ferrenha shoe lover. Uma sugestão? Vá sem pressa e procure o salon d’essayage. Depois de devidamente instalada na saleta privativa, com sua própria poltrona, espelho, etc. Vá pedindo à vendedora para trazer tudo aquilo que o capricho mandar. E ao fim da maratona, presenteie-se com uma visita à boutique anexa ao salão de sapatos, a Macarons & Chocolats, para um cafezinho revigorante e um macarron como só o mestre pâtissier Pierre Hermé sabe fazer.

Galeries Lafayette
40, Boulevard Haussmann, tel. +33 1 4282 3456, www.galerieslafayette.com

Hotel The Chatwal, no Theater District de Nova York, de Vikram Chatwal



Não é todo dia que ouço falar de um hotel novo no Theater District. Raridade, aliás...

Dia 1o de agosto o riquíssimo hotelier Vikram Chatwal, etíope de origem indiana, inaugura mais um hotel cinco estrelas em Nova York, chamado The Chatwal.


O hotel já abre com o aval da Virtuoso, que, pra quem não conhece, " é o network mais exclusivo do mundo de consultores de viagem. Tão exclusivo que, por sinal, só um por cento das agências de viagem é convidado a virar membro. Nosso network internacional de especialistas de elite já organizou desde aulas de dança com um coreógrafo da Broadway a uma lua-de-mel em uma tenda beduína no Sahara. Fazendo as vontades do viajante de alto poder aquisitivo que tem sede de novas experiências, o network Virtuoso de mais de 6 mil consultores de viagem bookaram US$ 4,8 bilhões em viagens no ano passado".


O hotel já nasce sob o peso de altas expectativas, porque Chatwal - que tem até página na Wikipedia  - já é dono da rede homônima, a Vikram Chatwal Hotels, que ele fundou aos 28 anos!

Um dos hotéis do Vikram Chatwal chama-se Night. Outro, Dream, andou em apuros, segundo o blog da revista New York:
"A crise das hipotecas pode estar abatendo mais uma vítima: Vikram Chatwal, o bon-vivant-de-turbante que todo mundo ama. A filial do Credit Suisse que aprovou a hipoteca de US$ 100 milhões do Dream Hotel recentemente desabou".

Pelo visto, com o fim da crise foram-se os problemas de financiamento, já que o The Chatwal exala luxo por todos os poros.



Não pouparam dólares na reforma do prédio de 1905 que abriga o The Chatwal (e que foi sede do clube teatral Lambs um século atrás, do qual Fred Astaire foi sócio).

Há paredes revestidas de veludo, closets forrados de couro, e amenities da Asprey nos banheiros.



Suíte Presidencial honrando Drew Barrymore (The Barrymore Suite). O renomado Thierry Despont (o mesmo do Carlyle Hotel) assina o décor, que se inspirou na era art déco e também nos tradicionais malletiers franceses (Louis Vuitton e Cia.): criados mudos e escrivaninhas, por exemplo, têm puxadores em formato de alça de mala e formato remetendo a velhos baús.




Embora as obras estejam muitíssimo atrasadas, o hotel pretende inaugurar, simultaneamente, o Lamb’s Club, restaurante anexo ao lobby que será tocado pelo chef Geoffrey Zakarian. Terá como peça central do décor uma monumental lareira do século 18, inteira de pedra, que vai do chão ao teto.

The Chatwal
130 West 44th St., tel. +1 212 764 6200. www.thechatwalny.com
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