9.10.10

Uma noite em Paris: degustando Krugs com Olivier Krug!



O convite veio duas semanas atrás: "quer ir a Paris degustar grandes cuvées de Krug e entrevistar Olivier Krug?" 

Sim, sim, sim! 

Eu tinha viagem marcada para a Europa, de todo modo (amanhã eu conto onde é que estou), e... porque não fazer um pequeno desvio de rota e ir passar uma noite em Paris?

Olivier é sobrinho de Remy, o grande vinhateiro que me introduziu ao Clos de Mesnil, uns dez anos atrás, em São Paulo. Hoje, mesmo sendo a megamultinacional LVMH dona da marca, Olivier continua na maison - fato raro, um membro da família vendedora permanecer ativo na empresa depois de vendida. 

E pelo que entendi, ele não está na Krug a passeio, e sim como peça-chave do processo de elaboração dos champanhes. Ele faz parte de um comitê de sete pessoas que degusta mais de mil (sim, mil!) amostras de vinhos no processo de elaboração da Krug Grande Cuvée, e que decide qual será a composição exata do champanhe ano a ano.

Além disso, ele faz papel de garoto propaganda, claro. E dos mais simpáticos, totalmente sem afetações que poderíamos esperar de um herdeiro, e chefão de tão prestigiosa maison. Assim que tiver tempo, vou colocar a entrevista online...

Sentei-me para uma conversa franca com ele, em seu hotel, e, mais tarde, segui para um belíssimo evento que organizaram para um pequeno número de "Krug lovers", como eles dizem. Gente com bala o suficiente para beber Krug com grande frequência. 

Eles convidaram chefs de toda parte para servirem um prato cada um, no grande salão da École des Beaux-Arts, na Rive Gauche. Inclusive a Angela Hartnett, hoje no Murano, em Londres, única dos fiéis escudeiros de Gordon Ramsay que não abandonou o barco (ainda!). 

ADENDO: Abandonou, sim! Acabo de descobrir que Angela comprou o Murano do grupo GRH (Gordon Ramsay Holdings)! Ela disse ao jornal Evening Standard: "O Murano não tinha o meu nome na fachada. Da primeira vez que pedi para falar com Gordon e disse que queria meu próprio restaurante e pedi o conselho dele ele disse 'Porque você não compra o Murano?' Eu disse 'Adoraria, mas nunca pensei que você topasse vender'".
Pelo visto, ele topou. Anda precisando de dinheiro em caixa... Ponto para Hartnett, e mais uma baixa para Ramsay.



Comemos bem, claro. Estavam lá, entre outros, o "nosso" Tsuyoshi Murakami, do Kinoshita, que aliás roubou as atenções. Nunca tinham visto um japonês tão expansivo! Ele até cantou!

Tsuyoshi Murakami e Marcelo Fernandes, do Kinoshita,
na entrada da École des Beaux Arts

Mas vamos ao que interessa. Bebemos nada menos que:

Krug Grande Cuvée, Krug Clos du Mesnil 1998, Krug Vintage 1998 e Krug Rosé. Ah, sim, e meu favorito da noite: um Vintage 95. 



Vinhos que não se parecem nada com nenhum outro champagne. Ao mesmo tempo elegantíssimos e cheios de personalidade. 

Preciso dizer mais?


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