Caracol, Quique Dacosta, Denia (ao sul de Valência) – um dos muitos amuse bouches
(e não é que tinha ovas dentro?)
Da última vez, passei 5 Piemonte seguidos de 4 no Alicante - e um absurdamente curto pit stop de UMA noite em Barcelona!
O Piemonte, naquele outono frio, já vestindo os tons desbotados de marrom e bege, perfumado pelas trufas brancas que estavam chegando ao seu auge. O segundo, um alegre e ensolarado mergulho no Mediterrâneo e na fartura dos campos de laranjeiras e oliveiras e figueiras do Alicante.
Os pratos mais belos eram também, em muitos casos, os mais gostosos – o que nem sempre é o caso… O ovo do Quique… A horta embrionária do chef Enrico Crippa do Piazza Duomo (perturbadora de tão bem-sacada e deliciosa)… E o tomate com anchova que quase me levou às lágrimas, do Arrop, em especial, ficarão estampados na memória para todo o sempre.
Não acredito que meses depois o restaurante fechou, vítima da crise financeira na Espanha - grande pena!
Eu queria mostrar esses pratos que mais me tiraram o fôlego, para vocês sentirem o nível da “brincadeira”. Chose de lóc!
“O que veio primeiro, o Ovo ou a Galinha?”, Quique Dacosta, Denia
(o de cima, comestível, é um trompe l’oeil e tem interior líquido
com gosto de caldo de galinha; os de baixo
são verdadeiros, enfeites colocados ali para confundir o olhar)
Anchova do Cantábrico, creme de rúcula, tomate “de penjar”
– um dos melhores tomates que já provei na vida,
cultivado próximo ao mar, ali mesmo
naquela bela região. Prato do chef Ricard Camarena (de Valência)
Verduras imaturas da horta (do chef) com trufas
e bagna cauda (o típico “dip” piemontês,
mas em versão mil vezes mais delicada),
Piazza Duomo (em Alba) Foto: Bob Noto
O nome oficial do prato, um clássico do chef Davide Scabin,
é “Black is black (…when spaghetti take shape)”
Uma larga “fita” de espaguetes negros que se
desmancha na boca, no Combal.Zero, perto de Torino
Foto: Bob Noto
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