31.8.10

Hôtel de Crillon: história e renovação em perfeito balanço



    Na hotelaria de luxo, nada poderia ser mais falso do que o ditado “não se deve mexer em time que está ganhando”. Que o diga o sangue azul Hôtel de Crillon, construído sob as ordens do rei Louis XV em 1758 para ser seu palácio particular e convertido em hotel em 1909. Considerado um dos mais opulentos e exclusivos cinco estrelas de Paris, mantém-se no topo há um século justamente por saber se renovar.









     Se o lobby revestido de mármore do piso às paredes, espessos carpetes Aubusson, espelhos dourados, afrescos e candelabros de cristal estão lá desde sempre, os gadgets tecnológicos nos quartos e o bar com design da estilista Sonia Rykiel são novidade. Se a rainha Marie Antoinette tinha suas aulas de piano no salão que hoje leva seu nome e mantém a mesma tapeçaria Gobelin e os mesmos ornamentos, hoje fazem sucesso as aulas com o personal trainer que fica de plantão na moderna sala de exercícios, de segunda a sexta. Todos os salões e apartamentos recebem novos estofados e décor periodicamente, para manterem o frescor (a última grande reforma foi em 2008, comandada pelo arquiteto Thierry Despont).

    O famoso restaurante Les Ambassadeurs, que ocupa o antigo salão de bailes do duque de Crillon – piso com seis tipos de mármore, lustres de cristal e poltronas de veludo – também está para receber lufada de ar fresco. Depois de anos sob o comando de Jean-François Piège, ex-Plaza Athenée, fechou para rápida renovação e reabriu há pouco tempo de chef novo: Christopher Hache. Apesar dos 28 anos de idade, o jovem chef já cozinhou sob a batuta de grandes como Alain Senderens, Eric Fréchon e Régis Marcon.  Ventos novos, portanto.



    Se há uma coisa que jamais será mudada no Crillon é seu prestigioso endereço, no coração da Paris histórica ea poucos passos do Faubourg St. Honoré. Dos grands palais parisienses (entre os quais incluem-se Hôtel Meurice e Hôtel Ritz), o Crillon pode gabar-se de ter a melhor vista. O palácio fica defronte à Place de la Concorde (onde a mesma Marie Antoinette viria a ser decapitada), e das melhores suítes se vê a Pont de la Concorde, o Musée d’Orsay, os jardins Tuileries, a abóboda envidraçada do Grand Palais e até a Torre Eiffel. Paris inteira, em suma! 

Tel. 33 1 4471-1500, www.crillon.com

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