12.8.11

Pedro Martinelli lança livro e abre mostra de fotos assinadas no estudiobola, em São Paulo







Em vinte anos de carreira – meu Deus, tô velha! – meu melhor assignment, disparado, foi uma ida à Amazônia pra escrever sobre seus hotéis de selva em.... 1996. Fui mandada lá pela revista VIP, onde eu trabalhava na época (a matéria resultante aparece acima).
 
Sim, faz tempo pra burro...


álbum de viagem: fotos que tirei do Pedrão na Amazônia

Imaginem vocês que fui pra lá com o mr. Amazônia em pessoa, o grande fotógrafo Pedro Martinelli, vulgo Pedrão. Que tinha um barco em Manaus e me levou em cada quebrada que não me esqueço. Que farinhas, que pimentas, que peixes, minhanossasenhora! Foi a primeira vez que comi creme de cupuaçu. E tanta coisa mais. Uma verdadeira aula de cozinha brasileira de raiz. 

Mas essa ida à Amazônia tem estado na minha cabeça ultimamente, desde que revi o Pedrão. Como contei aqui no Boa Vida outro dia, vi uma ótima palestra dele no evento do Paladar, no Hyatt. Encontrá-lo foi bom, e revirou velhas memórias dentro de mim. E renovou minha vontade de voltar para o mato com ele. Quem sabe, né?

Mais fotos do álbum: São Gabriel da Cachoeira, Amazônia


Na época, não só fomos de barco a uns hotéis de selva perto de Manaus como pegamos um teco-teco até São Gabriel da Cachoeira, lá onde o Brasil termina. Um lugar estranhamente mágico, que na revista, descrevi assim:


“É um fim de tarde típico de São Gabriel da Cachoeira — a rajada de vento e o vôo baixo e ruidoso dos quero-queros anunciam chuva forte. Minha varanda dá para uma branquíssima península de areia fina que, quando o rio sobe, se torna uma ilhota de não mais de 400 metros de comprimento. (...) Ouvem-se mais pássaros e sapos do que vozes. É possível pescar tucunarés ou nadar nas beiradas rasas banhadas pela água cor de Coca-Cola do Rio Negro. A tranqüilidade é absoluta. (...) Em São Gabriel da Cachoeira, povoado fundado por missionários jesuítas e por carmelitas por volta de 1695, ainda hoje pastores e freiras vão a aldeias catequizar índios e vendem seu artesanato em uma lojinha ao lado da igreja. Não cometa a gafe de querer fotografar o povo da vila - caboclos e índios -, sem conquistá-los antes: são tímidos e vão fugir imediatamente para trás dos varais de estender roupas.”

 Pelada em São Gabriel da Cachoeira, do meu álbum


Pois agora, não bastasse ter visto o Pedrão discorrer sobre as mandiocas da Amazônia no Paladar, descobri que ele abre uma mostra amanhã, em São Paulo!

Foto: Pedro Martinelli


"Com exposição de fotos vintage, o livro Martinelli, Pedro da coleção Fotógrafos Viajantes será lançado dia 13 de agosto, sábado, pela Terra Virgem Editora no estudiobola.

A COMPOTA Edições Limitadas num trabalho minucioso de edição, escolheu 36 fotografias, em preto-e-branco, que retratam a Amazônia, um dos temas mais explorados por Pedro Martinelli em seus 40 anos de carreira. São imagens vintage, únicas, todas PAs - provas de autor - em papéis já descontinuados no mercado com preços a partir de R$ 700,00.

No mesmo dia da abertura da mostra, será lançado o livro Martinelli, Pedro que reúne imagens feitas por um dos maiores fotógrafos do País. Pedro Martinelli atuou em grandes jornais e revistas como O Globo (1970 a 1975), Veja (1977-1983) e Editora Abril (1983-1994). As paisagens, os índios, o desmatamento e os detalhes da Amazônia permeiam todo o livro e dividem espaço com futebol; políticos, como Lula, Maluf ou Juruna; uma modelo tcheca em Paris, e uma versão “dona de casa” de Sonia Braga, cozinhando em Paraty.

Idealizada por Leslie Markus e Marina Prado, a COMPOTA é um selo de fotografia com imagens para todas as paredes. Com uma proposta inédita no país, a marca quer abrir espaço para a fotografia autoral e apresentar por meio de edições limitadas, trabalhos de fotógrafos brasileiros. A ideia é investir também na criação de produtos que tenham a fotografia como base e os artistas como parceiros, tais como luminárias e objetos de decoração.


Fotos: Pedro Martinelli


Leslie Markus e Marina Prado são amigas de longa data que compartilham o interesse a paixão pela fotografia. Trabalharam juntas durante quatro anos agenciando fotógrafos para o mercado de publicidade.  Ao perceberem o desejo e a dificuldade de diversas pessoas em comprar fotografias, vem à tona um antigo sonho: o de trabalhar e comercializar fotos autorais. Nasce assim, em 2010, a Compota Edições Limitadas.

Marina Prado foi coordenadora do estúdio fotográfico da W/Brasil, fundadora da MP Agência de Fotografia e representou grandes nome da fotografia brasileira como Rui Mendes, Feco Hambúrguer e Eduardo Girão. Leslie Markus trabalha com Marina Prado na MP Agência de Fotografia, foi diretora da Superstudio e agenciou fotógrafos como Daniel Klajmic, André Passos, Luis Crispino, Roberto Stelzer, Christian Gaul, entre outros. É também produtora do longa-metragem Estação Liberdade em parceria com a Pródigo Films de Caito Ortiz – com lançamento previsto para 2012."


A mostra tem até vídeo, vejam só que bacana:



Pedro Martinelli no evento Paladar. 
Página da mostra no Facebook.
Site da Compota.
E mais fotos do livro, neste link.

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