Showing posts with label restaurantes de Londres. Show all posts
Showing posts with label restaurantes de Londres. Show all posts
3.10.11
Restaurantes de Londres: os melhores e as novidades
O E. escreveu pedindo dicas de Londres, e aí notei que precisava dar uma atualizada na minha listinha "best of", pra facilitar a vida de quem vai pra lá em breve...
Os garantidíssimos:
1 - Scott's
Fui lá com a família toda e saí de queixo caído. Isso é restaurante de peixe. O resto é conversa.... Cliquem na imagem para ler a matéria que saiu na GQ.
2 - Hibiscus
Ligeiramente careta, sim, e "fino" à moda antiga. E caro. Fica em Mayfair (já não tinha dito que era careta?). Mas sabem do quê? Bom demais! Aqui, o post em que postrei prato por prato. Pra ir em ocasiões especiais e ver que ainda tem gente fazendo alta cozinha direito nesse mundo.
3- Bar Boulud
Geralmente tenho birra de restaurante "de série". Só que o Daniel Boulud sabe MUITO bem o que faz e acertou na mosca. Terrines, frutos do mar, comida francesa bem feita, clima de brasserie chique. Aqui, o meu post contando os detalhes.
4- Marcus Wareing at The Berkeley
Para quem não sabe, Marcus Wareing já foi o mais querido e prestigiado dos protegidos do überchef Gordon Ramsay, até o dia em que brigaram. O restaurante no The Berkeley, aliás, era do seu ex-chefe Ramsay e chamava-se Pétrus. Ao passar de mãos, foi rebatizado como Marcus Wareing at The Berkeley e logo tornou-se o melhor da cidade. Caro, chique, etc. - para ocasiões ultra especiais.
Wilton Place, tel. +44 20 7235-1010,
www.the-berkeley.co.uk
5- Roka, um japa nota dez
MUITO bom. MUITO caro. Sempre animado. Super bem localizado, em Fitzrovia. No subsolo tem um bar de saquês bem bacana e barulhento.
Os "pra quem não vive sem uma novidade":
1- Thomas Keller na Harrod's
A modinha da estação, com as filas para conseguir mesa que obviamente a acompanham.
2- Dinner, do Heston Blumenthal, no hotel Mandarin Oriental
Já nem é tão novidade assim, e eu nem achei tão fantástico assim, mas.... aqui, o relato do meu almoço.
Os que EU mais tenho vontade de experimentar:
1- The Gilbert Scott
O lugar mais inglês, mais barato, mais cool e mais historicamente lindo do chef Marcus Wareing. De longe, a melhor novidade do ano, garantem ótimas fontes... Aqui, meu post.
2- Ottolenghi, o fantástico restaurante vegetariano que virou febre.
Os "depois não digam que eu não avisei":
1- Viajante
Um restaurante... viajante. Primeiro, por ficar bem, bem, BEM longe do centro turístico, lá no East End. Segundo, por ser um lugar que serve cozinha de vanguarda, cerebral, diferente de tudo o que já se viu na cidade. O chef, Nuno Mendes, é portuga. Aqui, meu post.
2- Les Deux Salons
Li montes de matérias sobre essa brasserie, altamente elogiosas. Ouvi falar por amigos. Fiquei curiosa. Fui. Jantei. Comi bem. Gastei uma nota. Achei simpático mas nada que valesse o táxi de 20 minutos do hotel.
Os bons e (relativamente) baratos:
1- The Engineer
Parece um pub, mas não é. Boa comida, em uma parte gostosa da cidade, perto de um canal. Pra quem estiver por aqueles lados... Belíssimo cheeseburguer.
2- St. John Bread & Wine
94-96 Commercial St., T: 20 7247-8724, stjohnbreadandwine.com
O segundo restaurante do respeitadíssimo e doido Fergus Henderson, o pai da cozinha "da fuça ao rabo", ao lado do mercado Spittalfields, no East End. Produto, produto, produto. Não há espaço para o supérfluo, como quadros, toalhas de mesa, flores nem pratos enfeitados. Peixes, carnes e saladas frescas são servidos sem frufrus, num salão todo branco tipo refeitório escolar.
Os achados mais surpreendentes:
1- Breakfast do Brown's Hotel
Hoteis de grande luxo não faltam em Londres, do The Dorchester ao Mandarin Oriental, do Park Lane ao The Connaught. Mas são poucos os que aliam os serviços esperados de um grande hotel de primeira classe com o charme intimista de uma guest house. Entre esses poucos, o Brown’s, onde Theodore Roosevelt passou sua lua-de-mel, destaca-se como o mais chique, sem dúvida. Trata-se, atualmente, do meu hotel favorito na capital inglesa.
O lobby é contido, pequeno. Os corredores, quase estreitos. Mas não se deixe enganar pela falta de grandiosidade: o Brown’s é uma das joias do elegantíssimo bairro de Mayfair e a menina dos olhos do dono, sir Rocco Forte (o rei do high londrino).
Nunca dormi lá, infelizmente. Em compensação, tomei um dos melhores cafés da manhã da minha vida. Chique e oh-so-British.
Rua Albermarle, Mayfair, tel. +44 20 7493-9381
www.roccofortecollection.com
2- Eyre Brothers: 70 Leonard St. , T: 20 7613 5346
Coisa rara: os irmãos Eyre, proprietários, pegam no pesado, Robert no salão, e David no fogão. O resultado se vê na qualidade impecável da cozinha ibérica em que reinam marinadas fortes, bacalhau e muito alho. Cozinha rústica e clássica, décor com muita madeira e geometria à la Wallpaper. Faz tempo que não vou, mas adoro o vibe, adoro o charme meio grunge da rua no East End.
3- Counter Café
Um lugar servindo ótimos brunches lá na pqp. Mas segundo minha amiga MoniqueVanni, brasileira que mora em Londres e bloga sobre a cidade, é imperdível.
As melhores fontes de informação:
Novo app do chef Jamie Oliver
Um bacaníssimo guia de onde comprar comidas e comer fora na Inglaterra.
Confesso que a superexposição desse chef anda me cansando um pouco. Ele já começa a parecer, para mim, um samba de uma nota só. Mesmo assim, não dá para negar o appeal dele, o talento para fazer toda receita parecer fácil, e o muito que ele anda fazendo para livrar seu país de junk food.
Mas voltando ao que interessa: o App é muito show, e faz par com um livro sobre o mesmo tema (aqui neste link, maiores detalhes). Dá para navegar facilmente um mapa super bem feito, clicando nos iconezinhos para saber maiores detalhes dos lugares – pubs, mercados, restôs – que ele recomenda.
Eu, que não vou a Londres tão cedo (aqui, inserir cara de triste), não consigo largar o brinquedo.
E-gullet: o mais anárquico, extenso e completo fórum de foodies discutindo restaurantes. Aqui, o link para o fórum focado na Inglaterra. Tem montes de comentários sobre todos os principais restaurantes e chefs.
Os melhores restaurantes da Inglaterra - lista compilada pela mesma revista que faz o famoso ranking The World's 50 Best Restaurants. A lista de 2011 será anunciada 10 de outubro.
Jay Rayner, crítico do The Observer
(Ele recentemente elogiou, por exemplo, o Crooked Well)
2.10.11
Chef Heston Blumenthal em Londres: meu almoço no Dinner
Expectativas sempre são perigosas. Quanto mais esperamos, maior pode ser o tombo.
Não que meu almoço no novo Dinner, do überchef Heston Blumenthal, tenha sido um tombo. Longe disso, a comida estava bem gostosa, exceto uma sobremesa que me esforço até agora para deletar da memória. Mas eu, que acompanhei de longe, lendo blogs e reportagens, o desenvolvimento do ambicioso projeto, acabei me decepcionando com o jeitão super normal do lugar. Tem cara de restaurante chique de hotel, simplesmente. Eu esperava um pouco mais do que havia sido descrito no press release:
“Inspired by Heston Blumenthal’s novel approach to gastronomy and 16th Century historical British style references, Tihany Design conceived the restaurant interior as a subtle, elegant portrait; contemporary and innovative, yet with respect and an understanding for tradition. Rich natural materials such as wood, leather and iron – historical elements at the root of British style – are utilized in modern ways. The main dining room features floor to ceiling glass walls, which provide diners with a glimpse of the kitchen and more significantly, a unique large scale pulley system. This contemporary stainless steel pulley is modeled after an original 16th century pulley system designed for the British Royal Court’s kitchens. Custom designed by Tihany, the gears and crank resemble the craftsmanship of an oversized watch, mechanically rotating a spit in an open-fire rotisserie. Ivory painted walls add warmth, along with custom-made white porcelain wall sconces in the shape of antique cake molds. Chocolate brown leather and smoky grey velvet textured seating contrasts with plush saffron colored pillows, enveloping guests within.”O foco do décor, conforme o que se lê acima, era para ser um sistema de engrenagens mecânicas, como o motor de um relógio em tamanho monumental, que deveria fazer girar os espetos de uma grelha com ar histórico. Isso tudo para transmitir a idéia de viagem à Inglaterra antiga, da passagem do tempo. Só que o tal mecanismo não tinha nada de histórico, parecia apenas um relógio de Itu. E a grelha ficava bem escondida.
Se eu não soubesse de toda a história por trás, jamais teria notado as alusões visuais ao tema de cozinha histórica. Sutis demais! Querem um exemplo? As luminárias (vejam na foto acima) são réplicas de antigas fôrmas de pudim. Acham que muita gente nota?
E tem mais: se Heston dizia aos quatro ventos que aquilo era para ser uma brasserie, eu garanto que de brasserie não tem absolutamente nada além das carnes em porções fartas. Nem os preços baixos, nem a informalidade, nem os salsichões com cerveja, nem os copos grosseiros. Não, nada disso…. o Dinner é coisa para bico fino. Os sommeliers, por exemplo, liderados pelo português João Pires (ex-Gordon Ramsay at Royal Hospital Road), vestem-se na maior elegância. Porcelana fina, taças de cristal…. e por aí vai.
Se vi pouca graça no décor, deslumbrei-me com os imensos janelões dando para o parque, esses sim, uma beleza:
Mas vamos ao que interessa: a comida.
Minha irmã ficou chocada quanto apontei a ela o chef do Dinner, o Ashley Palmer-Watts.
“Hãn?! Como assim, o Heston não é o chef?!”
Tsc, tsc…. que tolinha…. Lógico que não, né? Heston hoje em dia virou o Mario Batali inglês, além de comandar seu famoso The Fat Duck (cotado no. 5 no mundo segundo o ranking dos 50 Melhores Restaurantes do Mundo) faz n programas de televisão e anúncios e escreve livros.
Voltando ao Dinner: o chef Palmer-Watts veio me cumprimentar e falou:
“Nem precisa pedir a meat fruit, quero mandar uma de cortesia”.
Explicando: meat fruit, ou fruta-carne, é uma entrada trompe l’oeil que parece uma tangerina mas obviamente não é. Inspira-se na era Tudor, quando aristocratas ingleses (ou melhor dizendo, seus empregados) esculpiam patês de carne em forma de frutas, depois pintavam com corantes comestíveis e serviam em travessas, como se fosse um arranjo de frutas.
A tal “meat fruit” virou estrela-mór do restaurante, sai em toda matéria de toda revista que fala dele.
A tal ponto que eu, sem nunca ter posto um pedaço na boca, de tanto ler a respeito já tinha enjoado.
Mas aí, ela chegou, a “tangerina” linda e lustrosa e perfeita, a película gelatinosa escondendo o interior de sedosa e pastosa mistura de foie gras e fígado de galinha. Eu, boa irmã que sou, não estraguei a surpresa, não contei o que tinha dentro.
“Noooossa, melhor patê da minha vida! Dá pra pedir mais pão?”
rárárá…..
E assim seguimos.
Minha irmã pediu um “Rice and Flesh (c.1390)”.
“Ué, mas já existia risoto na Inglaterra nas priscas eras? Não sabia… Mas tá excelente”, disse.
Provei e comprovei: ótimo risoto ao açafrão, perfeitamente al dente, os pistilos, abundantes, à mostra!
Melhor sorte tive com o prato principal, curto e simples: bisteca de porco, repolho. O que deu o tchans foi o molho, ultra concentrado, que parecia feito de sucos de uma assadeira:
Pedimos duas sobremesas, uma boa, outra péssima. Melhor falar da boa: era um tal de Tipsy Cake (Bolo Embriagado, receita de 1810) assado em panelinha de ferro e com gosto de brioche doce. Por cima, era meloso, super doce. Ao lado, trouxeram uns pedaços de abacaxi assado no tal braseiro “histórico” (quem diria, abacaxi na Inglaterra, já em 1810?!).
Estava bem bom.
Lembrem-se da dica: pedir o “Brown Bread Ice Cream (c.1830) with Salted Butter and Caramel Malted Yeast Syrup” é rou-ba-da. O meu tinha gosto de massa de pão crua.
E assim foi meu almoço no restaurante mais falado, mais badalado, mais concorrido, mais ansiosamente esperado dos últimos tempos.
Gostoso, mas longe de extraordinário.
Dinner by Heston Blumenthal: hotel Mandarin Oriental, 66 Knightsbridge, tel. +44(0)20 7201 3833
E mais: minha matéria em inglês na En Route sobre chefs famosos recriando pratos históricos.
24.6.11
Restaurante Hibiscus, do chef Claude Bosi, em Londres: excelência à francesa
Eu nunca tinha ouvido falar do restaurante Hibiscus, em Mayfair, até conhecer o chef Claude Bosi, confesso. Mas aí, no ano passado, estivemos quatro dias juntos na Lapônia (longa história....) e ao cabo deles resolvi que na próxima ida a Londres teria que ir experimentar a cozinha dele.
Mas mesmo antes de gostar da comida, gostei da pessoa.
Um gentil gigante.
Francês treinado a ferro e fogo e chicotadas do déspota Alain Passard, do L'Arpège (certa noite na Lapônia ele e Pascal Barbot, outro francês top, contaram histórias cabeludas de maus tratos na mão do célebre chef-proprietário do L'Arpège, onde trabalharam juntos). Barbot saiu dali para abrir seu l'Astrance, hoje estreladíssimo e premiadíssimo. Claude foi para Londres e abriu o Hibiscus, que chamou bem menos atenção.
Na minha ida recente a Londres, jantei no Hibiscus sozinha.
Foto: divulgação
Só eu, minha fome e meu caderno.
Claude logo veio dizer alô e avisar que mandaria um monte de pratos de sua escolha. Melhor assim, claro!
Já no amuse bouche ele deu o tom do que estava por vir. Técnica francesa com pitadas muito bem dosadas de criatividade. Cozinha contemporânea mas de personalidade própria. Nada ali trazia ecos de Noma, El Bulli ou Fat Duck: alívio!
Abri os serviços com uma "soda de maçã e hibiscus". Muito a calhar. E a espuma agradavelmente espessa, quase uma musse.
Cavala de Cornwal com molho "sweet'n'sour": um sussuro, quase, de tão delicado, o pouco wasabi quase não se notava, os morangos verdes trazendo a crocância, e os maduros, a doçura.
Aí chegou o garçom carregando panela de ferro que, ao ser aberta à minha frente, soltou nuvem de fumaça perfumada. Eram os aspargos, no auge da estação, que haviam sido salteados na manteiga, depois dormitaram na palha esfumaçada.
Levaram embora os aspargos e voltaram dois minutos depois com eles já no prato, servidos com generosas colheradas de uma hollandaise tinha também um pouco do defumado. Completavam o simples conjunto folhas translúcidas de radicchio, mas o que sobressaía era gostinho de beurre noisette. Francês? Sim, graças a Deus! :)
Mais primavera: ravioli com feijões broad beans, o molho ligeiramente viscoso, com pronunciado sabor de limão.
Dorade de pele ultra-crocante (quase um biscoito!) com cogumelos morilles, feijões de soja e cubinhos
de gelatina de café. Tão bom que esqueci de fotografar....
Boudin (pudim de sangue) com maçãs compressas a vácuo e periwinkles (caracóis do mar). À mesa, verteram o molho fresquinho de salsão. Sabores fortes, combinação clássica (boudin com maçã). Outro acerto!
Detalhes bem-vindos em um restaurante que não tem medo de ser fino. Fine cuisine, serviço à antiga. Très bien.
E dá-lhe ervilhas! Aqui, com mariscos e coelho e espuma de uma laranjinha prima da kumquat. Estranhamente, o gosto que mais me marcou nesse prato foi de chorizo...
Salada de morangos, geleia de salsão, espuma de pimenta Sechuan. Preferiria um tiquinho mais de
morangos e menos de creme mas não há como negar que estava delicioso.
E.... nem tudo foram flores. Achei fraca a sobremesa: tortinha de aspargos com flocos de azeitona desidratada,
e, ao lado, o sorvete de leite de cabra que segue. Já cansei dessas sobremesas quase salgadas, que deixam a gente sonhando com um chocolate...
Mas foi apenas um escorregão em uma noite impecável. O sommelier, francês, casou cada serviço com um vinho mais incrível que o outro. E nesses dias de obssessão com lugares casual, ser servida comme il faut é algo que aprecio imensamente.
Para mim, o menu degustação de seis serviços, a 85 libras por pessoa, é dos melhores custo-benefícios da cidade. Evitando aspargos e azeitona na sobremesa, podem ir sem medo!
(E a quem interessar possa, o Hibiscus levou o 43o lugar no ranking Os 50 Melhores Restaurantes do Mundo).
29 Maddox St, London,
W1S 2PA, Tel: +44 (0)20 7629 299, www.hibiscusrestaurant.co.uk
12.6.11
The Gilbert Scott, em Londres: novo restaurante do chef Marcus Wareing
Estive em Londres há pouco mas, infelizmente, não consegui ir conhecer o novo The Gilbert Scott, do grande chef Marcus Wareing - ainda não tinha sido inaugurado! Mas mesmo sem ter conferido em pessoa, tenho certeza que vale muito a pena almoçar lá. Primeiro, porque o lugar é lindo de morrer. Gastaram milhões reformando um velho hotelão anexo à estação de trem st. Pancras, do qual faz parte o restaurante. Não fica exatamente no centro de Londres, mas chegar lá é super fácil, várias linhas de metrô param naquela estação...
Encomendado pela Midland Railway ao arquiteto George Gilbert Scott, o hotel original levou cinco anos para ser construído e foi inaugurado em maio de 1873. O Grand Midland era de um luxo extravagante e vitoriano, com capitéis dourados esculpidos vagens e romãs folhadas a ouro. Fechou em 1935 porque já não dava para manter um hotel de luxo em que faltavam banheiros nos quartos. Funcionou como dormitório de funcionários de transportes de 1945 a 1985.
Agora, foi reaberto como St. Pancras Renaissance London Hotel, e diárias custando a partir de 300 libras.
O restaurante tem feito enorme sucesso pelo menu ultra-British baseado em receitas antigas que o chef pesquisou em livros. O ambiente manteve muitos detalhes de época, restaurados - uma beleza!
Marcus Wareing at The Berkeley
Para quem não sabe, Marcus Wareing já foi o mais querido e prestigiado dos protegidos do überchef Gordon Ramsay, até o dia em que brigaram. O restaurante no The Berkeley, aliás, era do seu ex-chefe Ramsay e chamava-se Pétrus. Ao passar de mãos, foi rebatizado como Marcus Wareing at The Berkeley e logo tornou-se o melhor da cidade (segundo guias como o Harden`s (uma espécie de Zagat da Inglaterra, popularíssimo).
The Gilbert Scott: Euston Road, tel.
+44 207 278 3888
reservations@thegilbertscott.co.uk
Marcus Wareing at The Berkeley
Wilton Place, tel. +44 20 7235-1010,
www.the-berkeley.co.uk
Marcus Wareing at The Berkeley
Wilton Place, tel. +44 20 7235-1010,
www.the-berkeley.co.uk
O vídeo abaixo mostra o chef fazendo um tour com o jornalista inglês Tim Hayward, do The Guardian, seguido das impressões do Hayward durante um almoço no The Gilbert Scott.
E o menu do The Gilbert Scott:
7.2.11
Novo restaurante do Heston Blumenthal em Londres: reserve quem puder
![]() |
"Fruta de carne"do novo Dinner. Fruta, ou carne? Um trompe l;oeil inspirado na era Tudor. |
Já cortaram a fita do novo restô de Heston Blumenthal, o Dinner by Heston Blumenthal. Que se inspira - e baseia seu menu - numa pesquisa dos últimos 500 ou 600 anos de história gastronômica inglesa – ou seja, versões contemporâneas de pratos antiquíssimos. Uns meses atrás, escrevi aqui: "Aposto que será O acontecimento gastronômico de 2011 na capital inglesa. E corram: a linha para fazer reservas abriu ontem!! Meu conselho para quem estiver planejando ir a Londres? Ligar já, ou reservar online, antes que não sobrem mesas!"
Dito e feito: a linha de reservas abriu e logo entupiu. Óbvio. Recebi agorinha este email deles:
O novo restaurante é o oposto de seu famoso The Fat Duck. Ou seja: nada de pompa à la tri-estrelado Michelin, mas sim uma brasserie ruidosa, com muitas carnes assadas no espeto como na antiguidade, e alusões estéticas à passagem do tempo. Tem 158 lugares e muito couro e madeira no décor.
Dinner by Heston Blumenthal
Mandarin Oriental Hyde Park, 66 Knightsbridge,
Tel. + 44 20 7235 2000
19.10.10
Prêmio World's 50 Best agora tem filhote: National Restaurant Awards
Putz, que gente esperta.... Como viram que o prêmio anual The World's 50 Best Restaurants fez um sucesso louco, a ponto de virar o prêmio gastronômico mais importante do mundo, os mesmos ingleses da revista Restaurant resolveram lançar um filhote, o National Restaurant Awards.
Só pra restaurantes ingleses. O restaurante do ano? The Ledbury (nunca tinha ouvido falar, confesso), em Notting Hill.
O chef, Brett Graham, é australiano, mas a cozinha é descrita como "contemporary French coupled with Pacific Rim influences". Soa péssimo, pra ser sincera.... certamente não deve ser algo tão fusion na realidade.
![]() |
Chefs Magnus Nilsson (à esq.) e Claude Bosi, na Lapônia |
Mas eu gostei mesmo foi de saber que deram o Chefs’ Chef of the Year para o super simpático Claude Bosi, o francês que trabalhou anos sob o regime ditatorial de Alain Passard no L'Arpège antes de abrir seu próprio restaurante, o Hibiscus, em Mayfair. Tem duas estrelas Michelin, e está na minha lista de lugares a experimentar na próxima ida a Londres...
![]() |
Chefs Claude Bosi (à esq.) e Albert Adrià na Lapônia |
Estive com Bosi lá no Cook it Raw, na Lapônia, e ouvi histórias de bastidores do l'Arpège de deixar qualquer um de cabelo em pé: esse Passard, com seu perma-sorriso, engana direitinho... Quem diria que ele se transforma em déspota impiedoso dentro da cozinha!
Voltando ao prêmio, que foi anunciado com grande pompa no último dia 11: o The Ledbury ganhou do The Fat Duck, que no ranking mundial tem a 3a colocação, atrás só do Noma e do El Bulli. Contraditório? Claro. Pra vocês verem como esses rankings sempre têm falhas...
Aqui abaixo, a lista dos principais vencedores do 2010 National Restaurant Awards. E, claro, é bom lembrar que o resultado é fruto de votos de jurados, muitos dos quais podem ter rabo preso. De todo modo, serve para dar uma idéia dos restaurantes que estão em alta por lá...
1 The Ledbury, London
2 The Fat Duck, Berkshire
3 Bistro Bruno Loubet, London
4 Hibiscus, London
5 The Walnut Tree, Monmouthshire
6 Restaurant Sat Bains, Nottingham
7 Bar Boulud, London
8 The Square, London
9 The Waterside Inn, Berkshire
10 Galvin La Chapelle, London
11 Restaurant Nathan Outlaw, Rock
12 Pied a Terre, London
13 The Hardwick, Monmouthshire
14 Hix, London
15 l’Anima, London
16 Le Champignon Sauvage, Gloucestershire
17 Terroirs, London
18 Arbutus, London
19 Le Manoir Aux Quat’ Saisons, Oxfordshire
20 Restaurant Andrew Fairlie, Perthshire
21 Wild Honey, London
22 Marcus Wareing at the Berkeley, London
23 Bocca Di Lupo, London
24 The Kitchin, Edinburgh
25 The River Café, London
26 Northcote Manor, Lancashire
27 Hix Oyster and Fish House, Dorset
28 St John, London
29 Galvin Bistro de Luxe, London
30 Polpo, London
31 The Sportsman, Kent
32 Maze, London
33 Hand and Flowers, Berkshire
34 The Star Inn, North Yorkshire
35 Hakkasan, London
36 L’Enclume, Cumbria
37 Trullo, London
38 L’Atelier de Joël Robuchon, London
39 Roka, London
40 Simpsons, Birmingham
41 Elephant Restaurant, Torquay
42 Chez Bruce, London
43 Restaurant Gordon Ramsay, London
44 La Becasse, Shropshire
45 Harwood Arms, London
46 Alain Ducasse at the Dorchester, London
47 Koffmann’s, London
48 Midsummer House, Cambridgeshire
49 Petrus, London
50 Mya Lacarte, Berkshire
51 Hereford Road, London
52 Jack in the Green, Devon
53 The Modern Pantry, London
54 Zuma, London
55 Le Café Anglais, London
56 Porthminster Beach Café, Cornwall
57 Galvin at Windows, London
58 The Quilon Restaurant & Bar, London
59 Viajante, London
60 Zucca, London
61 The Three Chimneys, Isle of Skye
62 Le Gavroche, London
63 Hipping Hall, Kirkby Lonsdale
64 The Dogs, Edinburgh
65 Restaurant Martin Wishart, Edinburgh
66 Great Queen Street, London
67 21212, Edinburgh
68 Fraiche, Oxton
69 The Hinds Head, Berkshire
70 Gordon Ramsay at Claridges, London
71 Gidleigh Park, Devon
72 Corrigan’s Mayfair, London
73 Racine, London
74 James Street South, Belfast
75 Launceston Place, London
76 Ondine Restaurant, Edinburgh
77 Kitchen W8, London
78 L’Ortolan, Berkshire
79 Lucknam Park, Wiltshire
80 Purnell’s, Birmingham
81 Ode, Devon
82 Scotts, London
83 Bell’s Diner, Bristol
84 The Cinnamon Club, London
85 JoJo’s, Kent
86 Pipe & Glass Inn, East Yorkshire
87 Cafe Spice Namaste, London
88 Indian Zing, London
89 Hawksmoor, London
90 Barrafina, London
91 The Magdalen Arms, Oxford
92 Petersham Nurseries, Surrey
93 Tom Aikens, London
94 Wabi, West Sussex
95 Tyddyn Llan Restaurant with Rooms, North Wales
96 Koya, London
97 Browns Hotel, Tavistock
98 Murano, London
99 Braidwoods, Dalry
100 Yauatcha, London
31.8.10
Lendário chef Pierre Koffmann volta à ativa com bistrô no The Berkeley Hotel
Definitivamente, o allure dos restaurantes em hotéis, depois de anos de decadência, voltou com tudo em Londres. Mais especificamente, há dois cinco estrelas de peso – o Mandarin Oriental, em Knightsbridge (na foto acima), e o The Berkeley, em Mayfair – investindo pesadamente em chefs estrelados. O último a entrar em cena é o grande Pierre Koffmann, cujo novo bistrô no hotel The Berkeley alçou-o de medalhão semi-aposentado a assunto de todas as rodas gastronômicas.
18.7.10
Chef Nuno Mendes e seu restaurante Viajante, em Londres: hype
Nuno Mendes: lembrem deste nome. Português radicado em Londres, com passagens pelo Jean-Georges e pelo El Bulli, está super em alta. Primeiro, ele fazia uns jantares fechados que viraram hype, aí resolveu oficializar a coisa e abrir de vez seu próprio restaurante.
Restaurante pequeno, no East End, difícil de achar.
Serve pratos de leve inspiração ibérica, mas absolutamente modernos. Exemplo: torrada com "romesco": amêndoa, azeitona cortada em palitinho, azeite, clara de ovo picada.
Creme de berinjela defumada com geléia aromatizada com flocos de peixe bonito:
“navaja” (navalha) com pingos de iogurte defumado e dashi de alecrim:
Polvo com batatinhas temperadas com “pimentón”, chouriço e ovos:
Asa de arraia com migalhas de brioche, e couve-flor.
Sirloin, alho selvagem, pasta de miso, verdes “no bafo” e erva-doce “chamuscada”.
Musse de cenoura em cilindro com granita (raspadinha) das folhas do pé de cenoura, farelo de épices e óleo de dill (aneto). Não exatamente minha sobremesa favorita...
Bolinho de chocolate com farelo de praliné e gel de cassis:
“mignardises”: trufinhas e gelées misturadas com os açúcares do cafezinho:
Viajante: Patriot Square, Bethnal Green, tel. (44-20) 7871-0461
www.viajante.co.uk
Subscribe to:
Posts (Atom)