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20.8.12

Restaurantes de São Paulo no Eater e na Travel + Leisure





Nunca me pediram tantas recomendações de restaurantes em São Paulo. Os pedidos chegam via Twitter, quase sempre: uma ora, é um dono de um café escandinavo, na outra, um chef inglês, e por aí vai. Outro dia, o pedido veio do Gabe Ulla, do blog Eater. Respondi e, três horas depois, minhas dicas tinham ido parar online...

Impressão minha ou tem cada vez mais gringos indo comer em São Paulo?

Que o interesse aumentou, isso é certo. Hoje, por exemplo, dei uma olhada na matéria sobre São Paulo publicada pela revista americana Travel + Leisure. No geral, achei ok, embora dê para ver que foi escrita por uma gringa que pediu dicas às pessoas certas.

Ela chama a galerista Raquel Arnaud de "newcomer" e diz que no restaurante Fasano "the creative set gathers" (!!!!). Creative set no Fasano?!

Estão também péssimas as descrições de alguns dos pratos: mocofava  virou "cow-hoof soup with sausage", enquanto o pastel de bacalhau da Praça Benedito Calixto foi traduzido como "light and crisp codfish turnover". Sim, sim, tão "light" quanto um torresminho.... :)

Enfim: o importante é ver que São Paulo está virando um destino turístico de peso, em boa parte por causa da curiosidade em torno de sua gastronomia e seus chefs de talento. E isso me faz feliz.


15.2.12

Restaurantes de São Paulo resumidos em Instagrams e notas: RESTAGRAMS!

COMIDA: 9
AMBIENTE: 2
SERVIÇO: 2


Senhoras e senhores, novidade na área. Tendo estado cada vez mais aflita com a quantidade de anotações e fotos que vou acumulando sem tempo de desovar no blog (não dou conta!) resolvi bolar uma seçãozinha nova. Vai se chamar, simplesmente, "RESTAGRAM". E será uma versão comidística, como bem diz o nome, de um INSTAGRAM (foto de iPhone) tirada no restaurante X ou Y, com, logo abaixo, a nota que dei para aquele jantar. 

Vou inaugurar a seção RESTAGRAM com uma batelada deles. :)

É que em dezembro e janeiro eu saí para comer, digamos assim, com uma certa frequência.... e então eles foram se acumulando a galope! Isso sem falar na lista dos restaurantes onde eu comi mas desencanei de fazer Instagrams: Due Cuochi, Aze Sushi, Sto. Bentô, Dalva e Dito, Momotaro, Frevo, Ruaa, Lika, Hideki... ufa! 

A lista a seguir é longa, mas prometo que daqui em diante, os RESTAGRAMS serão de um lugar por vez, ok?

DISCLAIMER: Sim, as notas são subjetivas. De sete pra cima, quer dizer que gostei. Oito, muito bom. Nove, excelente. Dez, perfeito. Nem preciso explicar o óbvio, espero: meço o serviço de um boteco, por exemplo, contra aquilo que espero de um boteco, não comparando-o ao de um lugar fino. Idem a comida. Idem o ambiente. Por isso posso dar um 10 para o ambiente da simplíssima Casa dos Cariris: dentro do que se propõe a fazer, não poderia ser mais charmosa. 

E, por fim, digo que são notas nada definitivas: refletem a minha experiência naquele lugar naquele dia.

Tutano, Ici Bistrô
 Ici Bistrô
COMIDA: 9
AMBIENTE: 10
SERVIÇO: 7

Isabella, Ici Bistrô

Alex, Ici Bistrô


George Koshoji
Kosushi
COMIDA: 9
AMBIENTE: 8
SERVIÇO: 8

Bauru, Ponto Chic
Ponto Chic Paraíso
COMIDA: 5
AMBIENTE: 1
SERVIÇO: 5


Degustação de vinhos, Piselli
Piselli
COMIDA:8
AMBIENTE: 8
SERVIÇO: 9



Garçom, Chez Burger
Chez Burger
COMIDA: 4
AMBIENTE: 7
SERVIÇO: 4


Cenoura, Epice

Epice
COMIDA: 9
AMBIENTE: 7
SERVIÇO: 8


Pargo, Epice

Maçã verde, Epice
Leite em texturas, Epice





Sushis, Do

DO
COMIDA: 9
AMBIENTE: 8
SERVIÇO: 8



Sanduíche de pernil, Bar do Estadão
Bar do Estadão
COMIDA: 4
AMBIENTE: 4
SERVIÇO: 8




Copan: vista do Dona Onça
Bar da Dona Onça
COMIDA: 7
AMBIENTE: 8
SERVIÇO: 8
'Cheesecake' de Catupiry brulé, molho de goiaba


Suspiro limeño, La Mar
La Mar
COMIDA: 8
AMBIENTE: 8
SERVIÇO: 9





Ovas de bacalhau, gema crua: Kinoshita

Kinoshita
COMIDA: 10
AMBIENTE: 8
SERVIÇO: 10






couvert, D.O.M.
D.O.M.
COMIDA: 10
AMBIENTE: 10
SERVIÇO: 10






Batata, polvo, páprica: Almamaria
Almamaria
COMIDA: 7
AMBIENTE: 8
SERVIÇO: 6








 
Cozinha, Casa dos Cariris

Mezcal, Casa dos Cariris
Casa dos Cariris
COMIDA: 8
AMBIENTE:10
SERVIÇO: 7





Ostras de Cananéia e Floripa, Taberna 474
Taberna 474
COMIDA: 7
AMBIENTE: 9
SERVIÇO: 8



Pizza com ovo e pasta trufada, Maremonti
Maremonti
COMIDA: 7
AMBIENTE: 8
SERVIÇO: 9


A chef Helena Rizzo de partida, Maní
Maní
COMIDA: 10
AMBIENTE: 9
SERVIÇO: 9


Pátio dos fundos, Spago

Spago
COMIDA: 6
AMBIENTE: 9
SERVIÇO: 7

29.1.12

Anish Kapoor jantando no D.O.M. de Alex Atala: momento tiete



Também sou gente, e de vez em quando me sinto uma tiete. Quando, por exemplo, estou no D.O.M. e de repente aparece para jantar ninguém menos que Anish Kapoor.

Holy cow!

Se eu sou fã? Preciso dizer?
 



O que faz Anish Kapoor em São Paulo? Simples: acaba de chegar de Inhotim, o museu-louco-com-mil-e-uma-esculturas-ao-ar-livre-daquele-mecenas-de-fundos-aparentemente-infinitos, em Minas. Kapoor estava lá para resolver onde será instalado o pavilhão que abrigará sua obra  Shooting into the Corner.
Três anos atrás, meu tio Jorge Forbes, que tem grande talento para ler as coisas em níveis nada convencionais, escreveu para este blog um textinho rápido em que expressava sua reação a uma obra de Kapoor exposta no Guggenheim. Reproduzo aqui:

Anish Kapoor no Guggenheim. Crédito: Guggenheim. Cliquem na foto para vê-la maior.


Memória, de Anish Kapoor
Obra do escultor indiano, exposta no Guggenhein, faz os clássicos envelhecerem

A escultura de Anish Kapoor em exibição no Guggenhein de Nova Iorque é maior que a sala onde está instalada. Ela é maior do que aquilo que se possa ver. De nenhum ângulo o visitante a enxerga totalmente, sempre só dela se apropriando por partes; e como a arquitetura de Lloyd Wright não é cartesiana, no sentido de fazer que alguém se localize facilmente, virou um esporte ajudar as pessoas angustiadas a acharem a próxima sala, de onde possam ver mais um pouquinho daquela coisa estranha.

Ela, de certa maneira, tem um dentro e um fora. Por fora, é toda em ferro vermelho, um casco curvo de navio, ou uma grande peça de motor que lembraria Richard Serra, com a diferença de o ferro estar ali recortado e não em contínuo, como esculpe o americano. Por dentro, nada além de um vazio negro. Curioso é que seria esperado, uma vez que a coisa é toda em curva, que sua boca também fosse assim, redonda. Mas não, ela é quadrada. Entra-se em uma das salas e se vê um quadrado preto recortado na parede. Ao se aproximar, nota-se o vazio do interior do objeto. Preto, totalmente preto. De perto, um espelho ao infinito; de longe, um belo quadro monocrômico.

Ela está lá, como o artista a chamou, a Memória. Como toda memória, esta, mesmo de ferro, nos escapa, e, quando finalmente achamos sua entrada, damos um passo para trás, ou ficamos na admiração: na saudade, como dizem os brasileiros.

Ao nos afastarmos da Memória, mesmo que para excelentes encontros, como com Kandisky, logo ali do lado, em maravilhosa retrospectiva, saímos certos que há algo novo na arte: a exposição do incompleto. Fenômeno coerente com esse tempo de um homem igualmente incompleto em sua história e em suas certezas fragilizadas.

Kapoor fez uma Memória de esquecer a garantia do encontro nostálgico do passado, pedindo, na tontura da pós-modernidade, a invenção de um futuro.

Jorge Forbes, em New York, quarta-feira, 4 de novembro de 2009.



17.2.11

Os cinco pratos mais incríveis que comi recentemente


Um amigo me perguntou essa semana quais os pratos que mais me marcaram nos últimos tempos. Pensei.... pensei.... e, sem contar algumas criações tecnoemocionais mirabolantes, totalmente hors concours, ou tampouco os maravilhosos sushis e sashimis que andei devorando em São Paulo, eu diria a ele que meus top 5 são os seguintes (não em ranking, todos igualmente fantásticos):


1 - Vitello tonnato do Manzo, o restaurante italiano dentro do EATALY, o megamercado gourmet do Mario Batali em Nova York (200 5th Avenue, tel. (212) 229-2180, http://eatalyny.com)




2- O incrível lagostim que se esconde debaixo desse emaranhado de crisps de alcachofra e pupunha. Muito mais gostoso do que essa péssima foto indica, o bicho vem servido sobre um purê frio de pistaches. Maravilhoso jogo de texturas, e show de originalidade do chef Felipe Bronze, que está em ótima fase. Seu novo restaurante ORO, no Jardim Botânico (literalmente em frente ao Olympe), é não só ótimo como divertido - alta cozinha sem frescuras. Depois conto (e mostro) mais.



Aqui, o mesmo lagostim em foto de divulgação:



3 - Um prato do D.O.M. que me fisgou não pela carne perfeitamente rosada por dentro, mas que o chef varia e costuma substituir por costelinha, mas sim pelo acompanhamento: mandioca à Brás! Ultramega crocantes os palitinhos de mandioca, depois passados nos temperos clássicos: gema e cebola caramelada.




4- Quem diria... o prato com mais cara de chique eu comi em uma... churrascaria! Quer dizer... churrascaria é sacanagem, mas o Asador Etxebarri, perto de Bilbao, é um restaurante bem simples de coisas feitas na grelha. Mítico entre chefs e foodies. A melhor "refeição simples" de minha vida, jurpurdeus.

Esse ovo.... ai ai... que dizer dele além de que nunca vi alguém casar melhor a santa trindade ovo-trufa-batata (nesse caso roxa). Colheradas de céu.

 
 


5 - Creme de chocolate com flor-de-sal e azeite do Tapas24, o bar de tapas mais cool e delicioso de Barcelona.




Ahhh.... era para ficar em cinco pratos, mas como posso deixar de fora o rei de todos? Sem dúvida, o prato mais puramente saboroso deste início de 2011 foi esse aqui, preparado pelo Rodrigo Oliveira do Mocotó:


Paleta de cordeiro recheada com copa (o pescoço do cordeiro), com cuscuz de farinha d'água. O melhor cordeiro que já provei no Brasil! Nada neste mundo é à toa: o cordeiro era bom daquele jeito porque vem de um super produtor - uma família, na verdade, que não faz outra coisa senão criar os bichinhos para depois abatê-los. Dedicação total.
E qualquer coisa com farinha d'água, para mim, é covardia - eu adoro. Mas esse cuscuz, que tinha também jerimum e pimenta cambuci, era chose de lóc.

p.s. post sobre o Mocotó em breve, prometo. Quem nunca foi nem imagina o que está perdendo!

28.10.10

Os melhores restaurantes e hotéis do Brasil, segundo o guia Quatro Rodas

Foto: Capa do Guia Brasil 2011 e detalhe do Theatro
Municipal do Rio de Janeiro - Crédito: divulgação/Fernando Lemos

O GUIA QUATRO RODAS lançou semana passada seu Guia Brasil 2011. Não há outro guia no país que faça tamanho trabalho de pesquisa e classificação, cruzando o país de ponta a ponta buscando analisar cada restaurante, hotel e atração turística. Há nada menos do que 12 700 endereços no guia, todos devidamente testados e aprovados.


Pra mim, a parte mais importante, claro, é a classificação dos restaurantes estrelados. E agora que o guia já saiu eu posso revelar: fiz parte da criteriosa equipe de inspetores do Guia, cuidando, especificamene, do capítulo dos restaurantes contemporâneos de São Paulo (em que o D.O.M. se insere). Adoro fazer esse trabalho de campo, que me permite visitar vários restaurantes paulistanos anonimamente (e com a Editora Abril pagando a conta! :) ), e o longo e elaborado formulário que eu tenho que preencher depois de cada almoço ou jantar (e entregar ao Ricardo Castanho, editor do guia) acaba se tornando, para mim, uma ótima forma de me lembrar, mais tarde, de cada detalhezinho de cada prato.

Entre janeiro e fevereiro, fui a TODOS os contemporâneos de São Paulo, acreditam? Haja apetite! Comi muito bem, mas também comi muito mal. Meus favoritos foram D.O.M. e Dui. Em contrapartida, de-tes-tei Marakuthai e Di Bistrot. É o que sempre digo: na real, testar restaurantes não é a maravilha que imaginam, há dias bons e dias péssimos, como tudo na vida.

Vocês sabem: no Quatro Rodas, como no Michelin, a cotação máxima é três estrelas. Vamos então aos resultados:





Guia Quatro Rodas Brasil 2011


OS RESTAURANTES 3 ESTRELAS
Antiquarius (Rio de Janeiro, RJ)
D.O.M. (São Paulo, SP)
Fasano (São Paulo, SP)
Le Pré Catelan (Rio de Janeiro, RJ)
Locanda della Mimosa (Petrópolis, RJ)
Olympe (Rio de Janeiro, RJ)


ATRAÇÕES
Novidade do Ano: Instituto Inhotim (Brumadinho, MG)
Atração do Ano: Theatro Municipal (Rio de Janeiro, RJ)

HOTÉIS
Novidade do Ano: Kenoa Exclusive Beach SPA& Resort (Barra de São Miguel, AL)
Pousada do Ano: Pousada Bendito Seja (Praia do Espelho, BA)
Resort do Ano: Breezes Búzios Resort & SPA (Búzios, RJ)
Hotel de Luxo do Ano: Lake Villas Charm (Amparo, SP)
Hotel para Eventos do Ano: Sheraton São Paulo WTC (São Paulo, SP)
Spa em Hotel do Ano: 7 Voltas Spa Resort (Itatiba, São Paulo)
Hotel Sustentável do Ano: Fazenda Campo dos Sonhos (Socorro, SP)

RESTAURANTES
Chef do Ano: Simon Lau (Aquavit, Brasília, DF)
Chef Revelação: Thiago Castanho (Remanso do Peixe, Belém, PA)
Restaurateur do Ano: Paulo Geremia (Casa di Paolo, Bento Gonçalves, RS)
Novidade do Ano: Tre Bicchieri (São Paulo, SP)
A Melhor Carta de Vinhos: Durski (Curitiba, PR)



Para saber mais: premioguiabrasil.com.br

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