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6.11.11

Oporto Wine Tourism Forum: preparando minha palestra!


Confesso: sou do tipo que faz loucuras. A última? Voltar de uma viagem pelo Piemonte e por Valência e arredores, refazer a mala e embarcar de volta para a Europa. Mal tive tempo de me reacostumar à casa e já era hora de voltar ao aeroporto. 

Mas ao chegar aqui na belíssima cidade do Porto, a encantadora capital vinícola de Portugal, logo me senti como se as duras horas dentro de diversos aviões tivessem valido a pena. Vim a trabalho: vou dar uma curta palestra na quarta-feira sobre enoturismo, no Oporto Wine Tourism Forum (não me perguntem o porquê, mas o evento tem mesmo o nome em inglês!). O Murakami do Kinoshita é o outro brasileiro que participa dos debates aqui - mix curioso, não? ;)

Eis o principal tema do fórum, segundo seus organizadores:

"Qual o presente e o futuro da atividade do enoturismo? De que modo o vinho e a gastronomia poderão impulsionar o crescimento e afirmação de cidades e regiões? Quais as novas tendências do mercado nesta área? E que casos de sucesso poderão ser tomados de exemplo? É para responder a estas questões que a Associação Comercial do Porto, com o apoio da CCDR-N e do Douro - Estrutura de Missão e produção da Essência do Vinho, decidiu realizar o “Oporto Wine Tourism Forum 2011”, uma jornada internacional que reúne em Portugal algumas das personalidades mais carismáticas dos mundos do turismo, vinho, gastronomia e enoturismo."


Depois conto mais...


No programa do dia 9:

9 NOVEMBRO_quarta-feira_Pátio das Nações

08:30 - 09:00_Receção aos participantes

09:15_Boas-vindas por Ricardo Magalhães, chefe de projeto Estrutura de Missão para o Douro

09:20 - 10:30_Painel 1_O ENOTURISMO COMO POTENCIADOR DE DESTINOS TURÍSTICOS

Moderador
Manuel de Novaes Cabral, representação da Câmara Municipal do Porto na Great Wine Capitals, Portugal

Oradores
Catherine Leparmentier, secretária-geral da Great Wine Capitals Global Network, França
Clay Gregory, presidente e CEO da Napa Valley Destination Council, EUA
Luísa Amorim, diretora-geral e executiva da Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo, Portugal


10:30_Debate

11:20 - 12:30_Painel 2_O TURISMO GASTRONÓMICO

Moderador
Duarte Calvão, consultor gastronómico e diretor do “Peixe em Lisboa”, Portugal

Oradores
José Bento dos Santos, presidente da Academia Internacional de Gastronomia, Portugal
Tsuyoshi Murakami, chefe de cozinha "Kinoshita", Brasil
Luís Baena, chefe de cozinha "Manifesto", Portugal
Miguel Júdice, presidente da Associação da Hotelaria de Portugal, portugal

Um pequeno parêntese: para quem perdeu, eis um repeteco do Murakami cantando em plena cozinha do restaurante El Bulli. Surreal!


  


à tarde, seguirão com.....


15:00 - 16:10_Painel 3_A VISÃO DA IMPRENSA ESPECIALIZADA - A GASTRONOMIA E O VINHO COMO MOTIVOS DE VIAGENS

Moderador
Luís Costa, subdiretor de informação da RTP e editor da revista "WINE - A Essência do Vinho", Portugal

Oradores
José Peñin, crítico de vinhos e autor do “Guia Penin”, Espanha
Alexandra Forbes, editora de gastronomia da "GQ Brasil", colaboradora na publicação "Folha de São Paulo", Brasil / Canadá
Rui Falcão, crítico de vinhos da "WINE – A Essência do Vinho", Portugal
16:10_Debate

E mais Porto e Douro:

O Vale do Douro e o valor das amizades: minha visita a quintas e hotéis
A nababesca Quinta da Romaneira: fotos de uma estadia inesquecível - na GQ
O Vale do Douro em 20 imagens: de chorar por mais - na GQ

27.5.11

O Vale do Douro, em Portugal, e o valor das amizades


Como muitos de vocês gostam de me lembrar, sou mesmo uma garota de sorte. Meu trabalho me leva a lugares e a pessoas incríveis.

Uma coisa é viajar como turista. E outra, bem diferente, é viajar como repórter - há que se falar a verdade. Se me sobra pouco tempo para relaxar à beira da piscina, em contrapartida acabo vendo muito mais coisas do que a maioria dos mortais, em viagens intensas, concentradas.

Mas não basta ser repórter para as portas se abrirem, claro. É preciso fazer muuuuuita lição de casa antes de ir ao aeroporto mas, acima de tudo, é preciso contar com amigos nos lugares certos.

Minha ida ao vale do Douro simplesmente não teria acontecido se não fosse pela tenacidade e generosidade de Miguel Santos, um leitor que vive lá e que, depois de anos de correspondências através deste Boa Vida, tornou-se amigo. Ele sabia, pelos meus escritos, que eu sonhava em ir ao Douro. E, nos bastidores, fez de tudo para que a viagem se concretizasse.

Miguel Santos, expert em Douro, degustando vinhos na Quinta do Crasto


Entendam: Miguel armou meu itinerário e ainda me levou de ponto a ponto em seu carro por pura e simples boa vontade. Verdadeiro gentleman, desdobrou-se para me levar a ver lugares que sabia que me agradariam. Sempre solícito e gentil. Sempre fugindo dos holofotes, ultradiscreto.

Miguel no restaurante DOC, ao lado do Luís Seabra, enólogo da Niepoort


Na escolha das paradas ele teve a ajuda inestimável de outra amiga minha que entende muito de bons comes e bebes: Teresa Vivas.



Lisboeta arretada, ela arranjou, através do enólogo Paulo Laureano (de quem sou grande fã) para que nós passássemos uma noite em uma das Quintas mais mágicas do Douro, a Quinta do Vesúvio.

Chegando à Quinta do Vesúvio, que tem sua própria estação de trem!


Hoje propriedade da família Symington, que produz ali grandíssimos vinhos, é um casarão cheio de história, onde morou a figura mais mítica dali, a dona Antônia Ferreira, vulgo Ferreirinha. Éramos nós, os pássaros, as cigarras e o rio, batendo levemente contra a margem.... Uau.



A Quinta, com retratos da Ferreirinha na sala de leitura e um jeitão de século passado, tinha um quê de misteriosa, fantasmagórica...


Dormir ali foi um verdadeiro privilégio: propriedade privada, só recebe mesmo hóspedes da família Symington! A eles, o meu obrigada...

Teresa agendou também uma visita aos belíssimos olivais da CARM, no Douro Superior (eles produzem não só super vinhos como também alguns dos melhores azeites de Portugal). Filipe Madeira, filho do fundador, almoçou conosco depois nos levou de jipe até o pico de uma de suas várias quintas: UAU!




E a terceira pessoa-chave por trás de minha viagem de sonhos chama-se Miguel Roquette.

Entrevistando Miguel Roquette na Quinta do Crasto


Apaixonado pelo Brasil, é da família dona da Quinta do Crasto, uma das mais prestigiadas do vale.



Seu irmão Tomás cuida dos vinhos, e ele, do marketing. Nós nos conhecemos em um jantar em Montreal, quando contei a ele que queria fazer uma matéria sobre o Douro e seus mais famosos winemakers, os Douro Boys. No mesmo instante, ele ofereceu de juntá-los todos em um jantar-degustação na Quinta dele. Dito e feito! Preciso dizer que foi uma noite incrível?



Como se não bastasse, ele ainda ofereceu hospedagem na "casinha" da família... :)


E na manhã seguinte Miguel Roquette levou a gente de barco para a outra margem do rio....




... onde já nos esperava o Dirk, da Niepoort, para nos levar até a adega dele.



Outro cara fantástico: generoso e genial.

Dirk Niepoort faz um tour de sua Quinta de Nápoles (com adega supermoderna)
e conversa com o Miguel

Enfim: foram quatro dias inesquecíveis em que aprendi muitíssimo. Dormi em hoteis de raro luxo - Quinta da Romaneira e Aquapura - mas encantei-me mais com a hospitalidade nas casas particulares (Crasto e Vesúvio).

Voltei com o caderninho cheio de dicas e novidades para dar na revista GQ mas além disso, voltei feliz. Feliz de saber que há tanta gente genuinamente generosa naquelas bandas, sempre pronta a receber bem, abrir um vinho, levar para um passeio, contar de sua terra e sua gente. E feliz por ter tido o privilégio de ver lugares tão estupendamente belos, em tão boa companhia. Como diria Teresa, foi esmagador!

A todos com quem estive, mas em especial ao Miguel I, ao Miguel II e à Teresa, fica aqui o meu mais sincero e sentido obrigada.

Memórias para se guardar do lado esquerdo do peito...

O sempre discreto Miguel - o melhor guia que uma pessoa poderia sonhar em ter -
nos acompanhando na Quinta da Romaneira

E mais DOURO:

27.2.11

Os melhores hoteis do Douro, em Portugal: é pra lá que eu vou!



Ano vai, ano vem e eu sigo com uma vontade crescente de embrenhar-me no vale do rio Douro, em Portugal. Pegar um carro ou trem, subir de Lisboa até o Porto - ponto de partida para qualquer expedição pelo Douro - e dali percorrer as vertiginosas estradinhas que beiram o vale profundo que corta a terra semi-árida daquele encantador pedaço de mundo.

O vale foi considerado durante séculos um canto pitoresco mas pouco glamouroso da Europa, famoso apenas pelos vinhos do Porto. Mas isso está mudando – e rapidamente. Trata-se, simplesmente, de uma região deslumbrante que vive grandes transformações, em plena ebulição. Querem prova? Então não deixem de assistir esse vídeo (com a banda larga vagabunda que se tem no Brasil, há que esperar um pouco para dar tempo de baixar direito, assim o filme passa sem interrupções).




Lindíssimo, não? A cereja no bolo é a seguinte: o Boa Vida tem um leitor, o Miguel Santos, que mora… no Porto! E, com sorte, vai me ajudar a bolar o roteiro ideal...

Difícil vai ser escolher onde ficar.... 
Se antes quase não havia hotéis bacanas naquela região, os últimos dois anos foram repletos de inaugurações e agora há muita escolha de lugares para se hospedar em grande estilo. Entre os melhores novos hotéis estão o Aquapura (da mesma família portuguesa que esteve enroscada com aquele elefante branco – ou cinza – em Itacaré), o Romaneira Quinta dos Sonhos e a Quinta do Vallado (em cuja homepage as intruções são claras – mova o rato (!!!) sobre a imagem).

A seguir, alguns dos melhores hotéis:


Aquapura Douro
Quinta do Vale do Abraão, Samodães, Lamego, 254-660-600, aquapurahotels.com
Da mesma família dona do Aquapura de Itacaré, o elefante cinza que foi embargado pelo Ibama. Segundo a Food&Wine, “fica do outro lado do rio de Régua – uma virtude, porque de longe, especialmente sob a luz da lua, Régua é um charme. O hotel é uma quinta do século 18 que foi reformada num estilo vagamente asiático. Dos quartos se tem vista para o rio Douro através de vidraças do chão ao teto”.





Quinta da Romaneira Cotas, Alijó, 254-732-432, maisonsdesreves.com
Chique no último. Ponto.




E mais três hotéis bacanas no Douro:

Quinta do Vallado (Vilarinho dos Freires, Peso da Régua, 254-323-147, quintadovallado.com. O solar de 1716 tem cinco quartos. 

Quinta do Portal (N-323 Celeirós do Douro, Sabrosa, 259-937-104, quintadoportal.com. O novo armazém de envelhecimento foi desenhado pelo arquiteto Álvaro Siza. 

Vintage House (Lugar da Ponte, Pinhão, 254-730-230, cs-vintagehouse.com, da rede Relais & Chateaux.
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