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15.2.12

Restaurantes de São Paulo resumidos em Instagrams e notas: RESTAGRAMS!

COMIDA: 9
AMBIENTE: 2
SERVIÇO: 2


Senhoras e senhores, novidade na área. Tendo estado cada vez mais aflita com a quantidade de anotações e fotos que vou acumulando sem tempo de desovar no blog (não dou conta!) resolvi bolar uma seçãozinha nova. Vai se chamar, simplesmente, "RESTAGRAM". E será uma versão comidística, como bem diz o nome, de um INSTAGRAM (foto de iPhone) tirada no restaurante X ou Y, com, logo abaixo, a nota que dei para aquele jantar. 

Vou inaugurar a seção RESTAGRAM com uma batelada deles. :)

É que em dezembro e janeiro eu saí para comer, digamos assim, com uma certa frequência.... e então eles foram se acumulando a galope! Isso sem falar na lista dos restaurantes onde eu comi mas desencanei de fazer Instagrams: Due Cuochi, Aze Sushi, Sto. Bentô, Dalva e Dito, Momotaro, Frevo, Ruaa, Lika, Hideki... ufa! 

A lista a seguir é longa, mas prometo que daqui em diante, os RESTAGRAMS serão de um lugar por vez, ok?

DISCLAIMER: Sim, as notas são subjetivas. De sete pra cima, quer dizer que gostei. Oito, muito bom. Nove, excelente. Dez, perfeito. Nem preciso explicar o óbvio, espero: meço o serviço de um boteco, por exemplo, contra aquilo que espero de um boteco, não comparando-o ao de um lugar fino. Idem a comida. Idem o ambiente. Por isso posso dar um 10 para o ambiente da simplíssima Casa dos Cariris: dentro do que se propõe a fazer, não poderia ser mais charmosa. 

E, por fim, digo que são notas nada definitivas: refletem a minha experiência naquele lugar naquele dia.

Tutano, Ici Bistrô
 Ici Bistrô
COMIDA: 9
AMBIENTE: 10
SERVIÇO: 7

Isabella, Ici Bistrô

Alex, Ici Bistrô


George Koshoji
Kosushi
COMIDA: 9
AMBIENTE: 8
SERVIÇO: 8

Bauru, Ponto Chic
Ponto Chic Paraíso
COMIDA: 5
AMBIENTE: 1
SERVIÇO: 5


Degustação de vinhos, Piselli
Piselli
COMIDA:8
AMBIENTE: 8
SERVIÇO: 9



Garçom, Chez Burger
Chez Burger
COMIDA: 4
AMBIENTE: 7
SERVIÇO: 4


Cenoura, Epice

Epice
COMIDA: 9
AMBIENTE: 7
SERVIÇO: 8


Pargo, Epice

Maçã verde, Epice
Leite em texturas, Epice





Sushis, Do

DO
COMIDA: 9
AMBIENTE: 8
SERVIÇO: 8



Sanduíche de pernil, Bar do Estadão
Bar do Estadão
COMIDA: 4
AMBIENTE: 4
SERVIÇO: 8




Copan: vista do Dona Onça
Bar da Dona Onça
COMIDA: 7
AMBIENTE: 8
SERVIÇO: 8
'Cheesecake' de Catupiry brulé, molho de goiaba


Suspiro limeño, La Mar
La Mar
COMIDA: 8
AMBIENTE: 8
SERVIÇO: 9





Ovas de bacalhau, gema crua: Kinoshita

Kinoshita
COMIDA: 10
AMBIENTE: 8
SERVIÇO: 10






couvert, D.O.M.
D.O.M.
COMIDA: 10
AMBIENTE: 10
SERVIÇO: 10






Batata, polvo, páprica: Almamaria
Almamaria
COMIDA: 7
AMBIENTE: 8
SERVIÇO: 6








 
Cozinha, Casa dos Cariris

Mezcal, Casa dos Cariris
Casa dos Cariris
COMIDA: 8
AMBIENTE:10
SERVIÇO: 7





Ostras de Cananéia e Floripa, Taberna 474
Taberna 474
COMIDA: 7
AMBIENTE: 9
SERVIÇO: 8



Pizza com ovo e pasta trufada, Maremonti
Maremonti
COMIDA: 7
AMBIENTE: 8
SERVIÇO: 9


A chef Helena Rizzo de partida, Maní
Maní
COMIDA: 10
AMBIENTE: 9
SERVIÇO: 9


Pátio dos fundos, Spago

Spago
COMIDA: 6
AMBIENTE: 9
SERVIÇO: 7

28.1.11

Maní, Oro, Dui, Eñe, Clos de Tapas, Venga!... a Espanha ditando moda no Brasil


Coluna publicada originalmente no portal Vida Boa de Yara Baumgart.

Durante anos fui jurada do guia anual de restaurantes da Veja São Paulo e nem piscava na hora de decidir meu voto de melhor espanhol. Dava sempre Don Curro, e de lavada. Em terra de cego....
Mas a lusitana roda. Em algum momento entre a coroação do El Bulli de Ferran Adrià como melhor restaurante do mundo e a proliferação dos restaurantes vanguardistas na Espanha, aquela nova gastronomia alastrou-se como queimada. Até que, de um ano para cá, a invasão destas paragens ganhou força total. A cada mês, recebo um email anunciando a inauguração de algum novo endereço de sotaque ibérico.

Os próprios espanhóis deram a largada no processo, de olho na riqueza crescente e na gastança desenfreada de nossas elites. Em São Paulo, chegaram com tudo. Sergi Arola, controvertido ex-pupilo de Adrià, instalou-se na cobertura do Tivoli, ex-Sheraton Mofarrej, servindo haute tapas. Os gêmeos Sergio e Javier Torres abriram o moderninho Eñe. Daniel Redondo casou-se com a guapa Helena Rizzo (trabalharam juntos em Girona, ao norte de Barcelona) e – embora não façam uma cozinha propriamente espanhola – imprimiram a marca da cozinha vanguardista catalã nos menus que criam em conjunto no Maní.


Água de tomate com burrata esferificada, no Maní: técnicas espanholas


Neste início de ano, ganharam concorrente de peso – o ambicioso Clos de Tapas – sob o comando de uma brasileira e um espanhol de currículos estelares (leia post completo, com fotos, aqui).

Restaurateurs brasileiros não se fizeram de rogados. Ipe Moraes arrebenta de vender comidinhas espanholadas e chopes em sua perenemente lotada Adega Santiago. Bel Coelho – outra com passagem por Girona – depois de alguns passos em falso - acertou a mão com o Dui e seu anexo gastronômico Clandestino, onde se sente forte influência espanhola, das técnicas aprendidas na Catalunha à sangria do bar de tapas à entrada.

E nesta terra da garoa onde durante tantos anos penava-se para encontrar um mísero pratinho de jamón, hoje pode-se fartar de comer croquetas, tortillas e patatas bravas em lugares como Don Mariano, La Tasca, La Tapa, Maripili, Miró e NBox. 

Apesar da acelerada proliferação dos bares tapas em São Paulo, curiosamente o melhor desta nova safra não fica aqui, mas sim no Rio. O Venga!, de tão bom e tão popular, acaba de dar cria. A matriz, em um apertadinho espaço no corredor gastronômico da Dias Ferreira, deu origem à vistosa filial em Ipanema, inaugurada há pouco.



E por falar em Rio, os irmãos Torres – que vivem na ponte-aérea Barcelona-Brasil – abriram por lá um segundo Eñe, point atual dos que adoram aquele frenético ver-e-ser-visto. Concorre diretamente com outro novo restô nitidamente alinhado com as cocções a vácuo, as espumas e os falsos caviares de caldos encapsulados importados da Espanha: o Oro, do mediático chef Felipe Bronze.

Tanto no high (modernidades e pirotecnias à la Ferran Adrià) quanto no low (pães, azeites, tomates, jamones, ovos, pimentões e o resto do universo das tapas) está claro que a Espanha está a dar as cartas por aqui. Natural, considerando-se que o país comanda, hoje, a cena gastronômica mundial. A única surpresa é a intensidade da sede que temos em recuperar o atraso, como se quiséssemos compensar, em uma orgia de croquetas e patatas, aqueles anos todos que passamos com olhos só para França e Itália.
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