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20.5.12

Edson Yamashita, ex-Shin Zushi, é a estrela no Aze Sushi

Edson Yamashita


Aos habitués do Boa Vida não preciso repetir, mas o fato é que sou louca por sushi a ponto de conseguir ir comer num japonês noite sim, noite não, feliz da vida.

Pois bem.

Há um japonês cult entre os entendidos e pseudos-entendidos que se chama Shin Zushi - muitos que me lêem sabem do que estou falando. Luz fria, serviço meia-bomba, tudo bem caro mas.... sushi de prima, admito. Peixe de prima, também. Em suma, um japonês muito sério. Outro dia almocei lá e juro que eu era a única pessoa ali que não tinha olhos puxados (sempre um bom sinal).

Mas a verdade não dita é que o grande trunfo do Shin era o Edson Yamashita, um rapaz ultra sabido, ultra confiante, ultra ambicioso e, ao contrário de tantos ali, simpático e extrovertido. Apesar da pouca idade, comandava o sushibar. Até o dia que ele resolveu ir embora.
Adendo: se hoje o Edson ainda estivesse no Shin Zushi ele já não seria mais o trunfo atrás do balcão de sushis. O time to Shin está fortíssimo: tem o mestre Keisuke Egashira, recém-chegado do Japão, e o também fera Ken Mizumoto.

Pois o Edson - ó, horror dos horrores! - para desespero dos que pensam que só existe sushi bom no circuitinho cult, foi parar no Itaim. Mais precisamente, na esquina onde ficava muito antigamente aquele japonês de playboy, o Sushi Company.

Pois há alguns meses o lugar chama-se Aze Sushi e tem decoração previsivelmente brega. Das tevês que passam shows musicais já falou-se muito pela blogosfera. Incomodam menos, na minha opinião, do que o esgoto logo a um metro da entrada, que emana odores absolutamente horripilantes.

Mas não quero assutá-los: eles têm um "tapa-esgoto" bem eficiente, e - o mais importante - Edson dá plantão atrás do balcão e não decepciona.



Ali come-se sushi de gente grande. Nada de maionese, hot roll disso ou daquilo. Do jeito que eu gosto.

Se os quentes são bons? Confesso que não sei: estava com desejo de peixe cru e comi cada bocado de niguiri e sashimi sofregamente, como se fora o último de todo o sempre.

Para minha surpresa, estranhei muito o toro naquela noite. Não tinha a textura familiar, era mais fibroso e peixoso do que eu esperava. E confesso que não me lembro da explicação do Edson. Diz ele que eu estava errada, era um super toro.

?

Adendo#2: estranhamente, dois chefs com quem falei há pouco tiveram a mesma má impressão do atum no dia em que comeram no Aze Sushi, esta semana (maio de 2012). Escorregão grave para um sushiman do nível do Edson. 

Buri do Aze Sushi


Em todo caso, o xaréu estava espetacular, assim como o buri, servido com flor de sal. Ótima garoupa também, já servida com uma pimentinha e pincelada de shoyu.

Carapau do Aze Sushi


Em suma: o Aze Sushi é cafona, mas não mais do que o Shin - e custa um pouquinho menos. E ter um lugar servindo sushi nesse nível no Itaim é, no mínimo, uma notícia feliz.





Aze Sushi
R. Dr. Renato Paes de Barros, 769, Itaim Bibi, 3168-3673.
(fecha domingo)

15.2.12

Kosushi: o melhor restaurante japonês de São Paulo?





Aqui neste Boa Vida, novidade sempre tem prioridade: as pessoas querem saber como é este ou aquele lugar que acabou de abrir. Não precisam de mim na hora de marcar mesa num Gero ou Varanda, certo?

Pois bem, eu tinha outros japoneses “na fila”: preciso contar minhas impressões do novo Aze Sushi (no geral muito boas), tocado pelo sushiman favorito de tantos foodies blogueiros, o Edson Yamashita, ex-Shin Zuhi, assim como tenho belas fotos da última ida ao Hikeki, umas semanas atrás, bem bom. Ah, e andei experimentando também o Momotaro e o Sto. Bentô.

Só que hoje vou falar do velho e bom Kosuhi. Até hesito um pouco em escrever estas linhas, talvez porque meus jantares no Kosushi sejam uma porta de entrada para a minha intimidade, ali passo meus melhores momentos quando estou “off”, de folga. Um ritual que sigo religiosamente desde meu primeiro emprego, no Estadão, e lá se vão os anos…..

Chego, sento-me em frente ao George e nem preciso falar nada. Ele já sabe.


Desembarquei em São Paulo depois de longa temporada baiana e logo liguei lá. George estava de folga, me informaram. Esperei, pacientemente, ele voltar. E lá fui eu jantar com um velho amigo - esplendidamente, como sempre - e nos matamos de comer buri, que estava, naquela noite, matador.

Sempre que chego, vou direto para o canto direito do balcão, para me sentar de frente para o George. Sim, todos atrás do balcão do Kosushi mandam muito bem – mas há certas coisas na vida que vão além de uma simples saída para jantar fora. Questão – e aqui, perdoem a pieguice – puramente emocional. Para mim, aquele lugar só tem graça com George fazendo os meus sushis, logo à minha frente.

Em abril passado, escrevi algo que ainda vale hoje:

"Não costumo falar desse meu “refúgio”, mas desta vez, não deu. Acordei, neste domingo, com os dedos e a cabeça fervilhando, relembrando cada bocada de ontem à noite e com uma vontade indomável de reviver o jantar por escrito.

Meninos, eu vi. Vi como um chu toro (na foto abaixo) pode ter um tom quase puxando para o burro-quando-foge, uma textura carnuda, uma consistência amanteigada, e como pode ter outro tom e outro gosto se tirado de outra peça. Dois pedaços de céu incrivelmente tenros e gostosos que respondem pelo nome de toro mas que, naquele caso, eram dois mundos à parte.

O olhete também estava um “petáculo”, como diria minha amiga M.

Que dizer do buri? Não muito gordo, mas agradavelmente rijo e sedoso, um sonho.

Duplinha de Djô, sim, só para matar a saudade – sabiam que foi o George que inventou esse sushi de salmão batido envolto em tira de salmão? A necessidade é a mãe da invenção, e naquela época alga seca era coisa cara e rara…





E por falar em alga, a do Kosushi sempre chega à boca sequinha e crocante: não passam-se mais do que 20 segundos entre o momento em que o George arremata um sushi ou rolinho e entrega-os.

Se alguém estivesse me espiando ontem, teria se assustado: eu juntava as palmas da mão como em prece, suspirava, fechava os olhos, ia gozando de cada bocado lentamente, atentamente.
Sim, sim, eu sei que sushiman a rala o wasabi na hora e tem um arroz especialíssimo, que sushiman b vai toda madrugada ao Ceasa.

Sei também que pega bem dizer que sushi bom mesmo é no Sushi Yasuda ou no Masa, em Nova York. Ou, em São Paulo, Shin Zushi, Ban, Hideki. Ah, claro, isso para não falar dos dois japoneses mais finos, Kinoshita e Jun (adoro ambos, mas não $$ervem para um jantarzinho descompromissado e não-planejado na saída da redação....).

Para mim, no meu mundo, o jogo é outro.

O japa do Yasuda já pediu as contas e serve uns sushizinhos pequenos demais para o meu gosto. O Masa cobra muito mais do que vale. O sushi de São Paulo, no geral, me agrada mais do que tudo o que já vi e provei em Nova York.

E o George San do Kosushi, que toda vez serve e-xa-ta-men-te o que eu tenho vontade de comer, me faz feliz como nenhum outro sushiman do mundo.

Pronto, falei.




Kosushi: Rua Viradouro, 139 – Itaim Bibi
Tel:(11) 3167-7272

18.12.11

Restaurante Ban, na Liberdade, do Haraguchi San: super sushis

Sushis do Ban      Foto: Bronza


Graças ao Edgard Costa, que me deu a dica tempos atrás, virei fã do Izakaya Issa, da figuraça dona Margarida, lá na Liberdade.

Lugar para ir tomar ótimos saquês e comer pratos quentes e rústicos, bem autênticos (fui lá pela primeira vez com um amigo que manja tudo de peixe e vive indo ao Japão, e ele, mais entendido que eu, aprovou a cozinha e saiu de lá mais-do-que-impressionado).

Então quando eu soube que o marido da dona Margarida, o  chef Massanobu Haraguchi (ex-Miyabi) tinha aberto ali pertinho o Ban (Rua Tomás Gonzaga, 20, Liberdade tel. 11/3341-7748), nem pensei duas vezes. Escalei Melany, minha amiga sushihólica de todas as horas, para fazer comigo o test-drive.

Quem me conhece sabe que toda vez que eu chego em São Paulo não sossego até comer meu primeiro sushi - então fui lá correndo, recém-chegada, depois que consegui escapar da redação.

Ao chegar, achei o Ban, em comparação ao Izakaya Issa, grandalhão e claro demais. Sem vibe. Mas pouco liguei: não era o que importava.

Abrimos os trabalhos com um zaru soba, das coisas que mais amo comer em noites quentes. Bom demais!


Sentamos no balcão e tentei ver com o próprio Haraguchi San o que deveríamos pedir de crus. Não deu: lost in translation total, ele mal fala português!

Salvou a noite o Alexandre, dono da Adega de Sake, que entende muito de Liberdade - óbvio. Mandei um S.O.S. pelo Twitter e ele logo respondeu: "peça ajuda à Yukari, minha cunhada"! Ela trabalha no Ban, e, toda solícita, nos abriu a porta do paraíso, sacando um caderninho onde tinha anotado os saquês disponíveis (carta oficial, com os nomes e os preços das garrafas, nem pensar....).

Nos sushis, quem ajudou foi o jovem sushiman Marcelo, ponta firmíssima.



Provamos muitos mas piramos no uni e na vieira chilena - de primeiríssima! - que repetimos três vezes....

Esse é pra ir sem medo de ser feliz - mas de preferência com um tradutor simultâneo no celular.

DICA: Tem Twitter? Não sabe qual saquê pedir? Então use e abuse dos conselhos de "sakelerie" em tempo real do Alexandre da Adega de Sake, o username dele é @OAdegadeSake

Adega de Sake: Rua Galvão Bueno, 387, tel. 3209-3332

Ban
Rua Tomás Gonzaga, 20, Liberdade tel. 3341-7748

Rua Barão de Iguape, 89,Liberdade, tel.  3208-8819


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Uni do Ban    Foto: Bronza

1.8.11

Restaurante Aya, do Juraci, ex-Jun: primeiras impressões



Mal soube da notícia da abertura do Aya, já corri a contar aqui no Boa Vida. Afinal, não é todo dia que o braço-direito do Jun Sakamoto (ou melhor dizendo, EX-braço-direito), o Juraci Pereira, abre negócio próprio.

Fiz o post dizendo estar curiosíssima e, na mesma noite, fui jantar lá. Fiquei meio encucada com algumas coisas. Falhas. Mas pensei: "isto aqui acabou de abrir, tenho que ser menos dura, e dar uma segunda chance". Pois voltei lá logo no dia seguinte, para almoçar. A seguir, algumas de minhas impressões deste comecinho.

Primeiro: gostei de ver que, ao contrário do Jun, o Jura faz sashimis. Pedi alguns de entrada e estavam ok. Boa a vieira do Canadá - febre em restaurantes finos de São Paulo - mas salmão, por exemplo, nota 7.


Em seguida, pedimos alguns sushis que, em aparência e modo de serem servidos, lembravam muito os do Jun. Exemplo: lula com sal negro do Havaí, muito boa, aquela textura agradavelmente rija e sedosa ao mesmo tempo.



Como no Jun, serve-se Wasabi verdadeiro, fresco. Pede-se que não se coloque o wasabi no shoyu. Muitos dos sushis já vêm pincelados de shoyu pelo próprio Jura, que, aliás, é uma simpatia.

Vieram outros na sequência, e, sem me prender a muitos detalhes, eu diria que os peixes estavam apenas satisfatórios, bonzinhos - inclusive o toro. Não sei bem porque, já que o Jura entende muito de peixe e me contou que vai pessoalmente inspecionar e comprar o produto no Ceasa. Mistério.

E o arroz.... quente demais. Ligeiramente morninho, ok. Mas eu diria que naquela noite o sushi estava uns 5 graus acima do morninho, e menos solto do que deveria. Esse tipo de detalhe é o que pega em restaurantes japoneses: o mais difícil é acertar o que parece simples. E o arroz é primordial. Trata-se do falso simples, exige maestria do sushiman.


Percebi que tinham me reconhecido quando o chef de cozinha veio trazer, de cortesia, um belo tartare de toro com azeite de ervas. Uma coisa de bom! As ervas tinham sido infusas no azeite, depois descartadas, o que ajudou a não "falarem mais alto" do que o próprio atum. Delícia!



Falando do décor, achei o espaço meio parecido com o do Jun - balcão em destaque, salão retangular. As cadeiras do balcão, de alto design, são bacanas mas super desconfortáveis e geladas... Almofadas ajudariam muito. 

O espaço no térreo é menor mas em compensação há um segundo andar com mais mesas, muito bem ajeitado. 

Foto: divulgação



E o banheiro tem uma pia ultramoderna com uma tevê no fundo, tinha que mostrar:



No dia seguinte, voltei para provar o almoço executivo. Eles têm cinco opções: sushi e sashimi só de salmão (74 reais), sushi e sashimi mixto (78 reais), sashimi misto (76 reais), sushi misto (72 reais) e aquele que me pareceu mais interessante, o "almoço executivo com 5 pequenos pratos sugeridos pelo chef e uma sobremesa", a 68 reais. Escolhi esse último.

O que veio? Ótimo couvert de sunomono de lulas e pepino....


Hossomaki com molho adocicado; depois, um excelente atum selado na chapa com crosta de gergelim, bem temperadinho e mal-passado por dentro....  De sobremesa, figos com sorvete um tanto doce demais.

Mas, indo logo ao que interessa, o almoço incluía também uns sushis. Estavam bons - definitivamente melhores do que os da noite anterior, principalmente porque o arroz mantinha-se alguns graus de temperatura a menos. Estranhamente, o salmão, em especial, mais uma vez me desapontou. Eu almoçava com um amigo, que ao terminar seus sushis, sentenciou: "bom, mas nada demais".



Triste ter que dizê-lo, mas concordei com ele...

Aya Japanese Cuisine

Rua Pedroso de Morais, 141
 (quase na Rebouças, à esquerda)
50 lugares

Tel: (11) 2373.6431

Almoço das 12:00 às 14:30 (segunda a sábado)

Jantar das 19:00 às 23:30 (segunda a sábado)

Estacionamento com manobrista/segurança

Cartão débito/crédito Visa e Mastercard e cheque

www.restauranteaya.com.br

24.7.11

Juraci, ex-Jun Sakamoto, abre o restaurante Aya em Pinheiros

Balcão do restaurante Jun Sakamoto


Li a notinha no jornal e levei um susto. O quê?! Juraci saiu do Jun?!

Tem gente que vai comer no Jun religiosamente e pede (pedia, melhor dizendo) para sentar em frente ao Juraci, porque supostamente o sushi dele ganha até do sushi do Jun. Se é verdade, não sei, mas a fonte é segura.

Juraci Pereira, ex-Jun, acaba de abrir o Aya  Foto: divulgação


E, afinal de contas, o Juraci dividia o "serviço" com o Jun há tantos anos que eu simplesmente não imaginava aquele balcão sem o Juraci detrás, ao lado do Jun. Daí o susto.



Deixar o ninho e abrir restaurante próprio sempre é um perigo. Chefs (e sushimen) nem sempre entendem que saber cozinhar é uma coisa, saber ser dono de restaurante, outra bem diferente.

Que o diga Luciano Boseggia....

Mas enfim: dizia a nota no jornal que "o sushiman Juraci Pereira deixa o Jun Sakamoto para abrir seu próprio restaurante, o Aya", inaugurado dia 21. No menu, um tal de "banquete de sashimis", com 25 pedaços variados, a 97 reais. Ele tem um sócio, chamado Roberto Ganme e descrito em blogs e sites que achei por aí como "amante da culinária japonesa".

Juraci disse ao crítico gastronômico Arnaldo Lorençato o seguinte:
“Tinha o sonho antigo de montar meu restaurante. Havia muitas restrições no Jun e eu queria atender o público do meu jeito. Aqui, os clientes não ficarão constrangidos em pedir sashimi, por exemplo. Só não teremos invenções loucas com cream cheese e maionese. Ficarei no clássico. ”

 Restaurante Aya, o novo vôo do Jura   Foto: Divulgação

De peixe e mariscos e arroz de sushi, Juraci entende, óbvio. O que em um restaurante japonês já é meio caminho andado. Só que.... fui procurar colher opiniões no Twitter e levei um segundo susto: dois "twitteiros" caíram matando, dizendo já terem ido ao Aya e se decepcionado.

Não estou aqui para julgar antes de ver/provar/comer - que fique bem claro. Tampouco quero que pensem que a opinião de duas pessoas deve ser entendidas como fatos, ainda mais considerando que eles foram lá meros dias depois da inauguração. Mas que soaram preocupantes os comentários, soaram. Tanto assim que julguei pertinente reproduzi-los abaixo:


Rafael (@razev)
Foi desastroso mesmo, em todos os sentidos. De dar pena. Atendimento pretensioso, peixes sem graça e sem variedade, alga mole, opções ridículas de saquê e shochu. Torço pra que melhore, mas a experiência não foi das melhores, pra dizer o mínimo. Um pouco mais barato (do que o Jun), omakassê por R$180. E o serviço tão over quanto, embora mais desastrado.


Joaquim Barbosa de Almeida (@DonFabrizio) disse, também no Twitter que ouvira de amigos que jantaram lá que o peixe estava ruim.

Peixe ruim?! Como pode?! Fiquei perplexa e ansiosa para ir tirar a teima. Derrapagem na largada, apenas? Assim espero... A ver. Depois conto!


Aya: Rua Pedroso de Morais, 141, Pinheiros, tel. (11) 2373-6431
Sábado, só jantar. Não aceita Amex.
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